No ramo vida especificamente, os fundos já valem quase 33 milhões de euros. Contas de 2021 da entidade, realçam volume global de prémios de contratos de seguro e de entregas para contratos de investimento a crescer.
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2021 foi sinónimo de crescimento para carteira de investimentos não vida da Victoria Seguros. No relatório e contas divulgado pela entidade, registam um crescimento de 2,6% face ao ano anterior, que situa o montante nos 107,6 milhões de euros neste segmento de negócio.
Os títulos e as participações financeiras mantiveram-se como a principal rubrica de investimentos, com um peso de 92% do total carteira de investimentos. Somaram então no final do ano passado 99 milhões de euros, o que cifra um crescimento de 2,8% face a 2020.
Carteira de investimentos - Ramo não vida
O perfil de risco da carteira foi algo que sofreu alterações no ano de 2021. A entidade justifica a redução desse perfil de risco, com fatores como "o retomar da atividade económica, quer devido ao efeito do abrandamento dos efeitos da pandemia, quer impulsionado pelos incentivos de política monetária e económica".
Desce investimento em obrigações, aumenta fundos de tesouraria
Por um lado, contam da entidade, a exposição à classe de dívida pública aumentou 1,5 milhões de euros, muito embora com um peso quase inalterado. Por outro lado, o investimento na rubrica de obrigações diversas reduziu-se. Foram menos 5,2 milhões de euros, o que se traduziu numa descida de 72% para 64,8% do total da carteira de títulos.
Taticamente, adicionam, aumentaram exposição a fundos de tesouraria. Uma classe de produto que a entidade diz estar incluída na categoria outros. Esta categoria teve um aumento muito significativo de um ano para o outro: passou de representar 5% na carteira de títulos, para uma ponderação de 11,4% no final de 2021. Em termos totais, soma agora 11,3 milhões de euros.
Relativamente à qualidade de crédito da carteira de títulos, 75,5% dos títulos detém a notação de crédito de investimento, ou seja, notação superior ou igual a BBB.
Crescem os fundos
Um olhar mais pormenorizado sobre a carteira de títulos, permite ainda aferir que a entidade apresentava no final de 2021 um montante de mais de 11 milhões de euros afetos a unidades de participação de fundos de investimento, um montante que variou em mais de 131% num ano. Contudo, "a exposição a unidades de participação é composta essencialmente por fundos de mercado monetário", referem.
Ramo vida: também aumenta investimento em fundos
No ramo vida, o caso mudou um pouco de figura. A entidade relata que a carteira de investimentos atingiu os 226,2 milhões de euros de montante investido, mas com uma redução em termos anuais que foi de 1%.
Carteira de investimentos - Ramo vida
A carteira de títulos, que se cifra nos 180,3 milhões de euros, também apresentou um decréscimo nos ativos geridos, no caso de 1,2%. Contudo, a entidade realça que a distribuição da mesma se manteve "relativamente estável" no ano em análise. As obrigações diversas mantiveram o seu estatuto de rubrica mais representativa com 54,5% do total investido.
Realçam no documento, contudo, que a rubrica outros sofreu um incremento, "por força do incremento no investimento em fundos". Esta rubrica, passou assim a representar 18,3% da carteira de títulos do ramo vida.
Em termos de negócio no ramo vida, a verdade é que a entidade registou avanços interessantes. "O volume global de prémios de contratos de seguro e de entregas para contratos de investimento, registou um aumento de 7,6% face ao anterior, atingindo os 42,6 milhões de euros", pode ler-se.
Durante o ano de 2021, os ativos relativos a fundos de pensões cresceram quase 4%, e passaram a cifrar-se em 16,3 milhões de euros, distribuídos por 5 fundos distintos.