Victoria Seguros e SGF são as entidades que maior percentagem da sua carteira alocam a fundos de terceiros

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O ano de 2018, à semelhança dos vários segmentos da gestão de ativos nacionais, acabou por ditar uma queda no património dos fundos de pensões nacionais, tendo o valor encerrado o ano abaixo dos 19.000 milhões de euros – este ascendia a 19.304,5 milhões de euros em dezembro de 2017. Dito isto, e sabendo que quase todas as classes de ativos registaram retornos negativos no ano passado, olhemos para a alocação das carteiras dos fundos de pensões.

De acordo com o relatório publicado pela Associação de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, verificamos, numa primeira análise, que as entidades gestoras parecem privilegiar o investimento direto em detrimento do investimento através de fundos de investimento, com o montante a representar mais de 50% da alocação total dos fundos de pensões. O montante alocado a fundos de investimento, por outro lado, é de cerca de 27,55% da alocação total, com os fundos de ações a surgirem como a categoria com maior preponderância.

Quanto ao investimento através de fundos de investimento, verificamos, ainda, que, apesar da sua menor dimensão quando comparadas com as suas pares, entidades como a Victoria Seguros e a SGF são aquelas que maior percentagem das suas carteiras alocam a estes veículos, com cerca de 76,80% e 67,30%, respetivamente.

Do lado das entidades de maior dimensão, a Ocidental Pensões surge como a entidade que maior volume investe através de fundos de investimento, com um montante total superior a 1.975 milhões de euros – o que corresponde a 37,90% da sua carteira. Com uma alocação superior a 30% encontramos também a BPI Vida e Pensões, cujo volume alocado a fundos de investimento de terceiros ascende a 871,31 milhões de euros. A CGD Pensões, por sua vez, aloca cerca de 23% da sua carteira a fundos de investimento, apresentando um volume total superior a 837 milhões de euros.

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Fonte: APFIPP, dezembro de 2018