Wealth Management do BiG contribuiu com 30,7 milhões de euros para o negócio do banco em 2020

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Créditos: 0vnCnzcU (Unsplash)

O BiG terminou 2020 com um resultado líquido de 25 milhões de euros. Um valor bem mais reduzido do que o alcançado um ano antes, altura em que registou quase o dobro dos resultados: 42,1 milhões de euros. Os proveitos operacionais também caíram em 2020, no caso 21% para os 71,1 milhões de euros.

Por outro lado, os ativos sob supervisão – que incluem ativos sob gestão, sob custódia, e recursos de clientes – tiveram uma trajetória positiva. Segundo o documento Informação Anual de 2020 do BiG, subiram 24%, e alcançaram os 4,7 mil milhões de euros. No documento a entidade explica que, por um lado, “os resultados refletem a redução das receitas da margem financeira líquida e da tesouraria e mercado de capitais”, enquanto que, por outro lado, mostram “o aumento das comissões líquidas associadas às atividades de corretagem e gestão de ativos”.

Fonte: Relatório Anual BiG 2020

Alternativas aos depósitos

No ano de 2020, os clientes da instituição procuraram alternativas aos depósitos. Nesse sentido, escrevem que “as receitas geradas com a gestão de ativos e intermediação financeira foram mais elevadas que em 2019”. Explicam que “em parte devido à volatilidade dos mercados e descida continuada das taxas de juro, que incentivaram os clientes a procurar alternativas aos depósitos de baixo rendimento”.

A área de gestão de patrimónios é mesmo relevada na análise que fazem do ano passado. Apontam que o banco se tem “focado no desenvolvimento da área de negócio de Wealth Management ao longo dos últimos anos, tendência esta que se deverá manter”.

As comissões líquidas de serviços prestados a terceiros dentro desta área de negócio subiram mesmo em 2020. Como refletido nas informações abaixo, esta rubrica fixou-se nos 12 milhões de euros.

Fonte: Relatório Anual BiG 2020

A negociação de ativos financeiros/vendas também registou um incremento no período, no caso mais de 90% de crescimento, para os 1,6 milhões de euros. Em termos líquidos a área de wealth management contribuiu para o negócio do banco com 30,7 milhões de euros, um valor ligeiramente inferior aos 33,4 milhões de um ano antes. “As comissões líquidas cresceram 24% em 2020 e aumentaram em aproximadamente 59% ao longo dos últimos dois anos, num ano em que os clientes foram mais ativos na negociação de ativos financeiros e demonstraram maior interesse em soluções de gestão de ativos”, pode mesmo ler-se.

Segundo o que reflete o banco, as comissões de corretagem, gestão de ativos e operações bancárias representaram em 2020 41% da receita total para este segmento, face a 32% no ano anterior.

Do BiG consideram que “esta tendência reflete a ênfase na acumulação de ativos de atividades de poupança, investimento, negociação, custódia e outras transações bancárias”.