2014 terminou com três novos produtos e a Sonae SGPS a ser a preferida dos fundos

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Clube de Entusiastas do Caminho de Ferro, Flickr, Creative Commons

Perante as últimas informações divulgadas pela CMVM pode concluir-se que foi em rota descendente que terminou o ano para os OICVM. Em dezembro o valor gerido por estes  organismos de investimento voltou a decrescer finalizando o ano com 8.226,1 milhões de euros sob gestão,  menos 16 milhões do que em novembro. Também nos fundos de investimento alternativo (FIA) o valor caiu face a novembro, mais concretamente 1,8% para os 3.424,2 milhões de euros.

“Mexidas” no universo de fundos

Segundo os dados do regulador, o ano de 2014 terminou com 211 fundos no mercado nacional. No último mês do ano passado, no entanto,   o mercado nacional assistiu ao aparecimento de três novos fundos de investimento.  Foram criados o Santander Multiactivos 0-30 e o Santander Multiactivos 20-60, ambos geridos pela Santander Asset Management, e ainda um novo fundo mobiliário aberto felexível, a cargo da Banif Gestão de Activos: o Banif Investimento Defensivo.

Por outro lado, em dezembro deu-se a liquidação de quatro produtos: o Millennium PA, gerido pela Millennium BCP Gestão de Activos,  o Espírito Santo Dynaflex Eur, gerido pela sociedade gestora ESAF (agora GNB Gestão de Activos) e o  Popular Obrigações Indexadas a empresas da Alemanha e EUA, a cargo da Popular Gestão de Activos. Extinto foi ainda o CA Renda Semestral, do Crédito Agrícola Gest. De notar ainda uma mudança de tipologia neste período. Também da Crédito Agrícola Gest, o fundo mobiliário aberto misto Raiz Global, passou a ser um fundo mobiliário aberto flexível passando a designar-se de CA Flexível

Sonae SGPS no topo das preferências dos OICVM

Outra das mudanças no final de 2014 aconteceu no ranking dos títulos nacionais  com maior expressão nos portfólios dos fundos de investimento. Em dezembro a cotada “preferida” dos OICVM foi a Sonae SGPS que apesar de ter tido uma queda de 7,7% face ao mês anterior, terminou o ano a valer 24,1 milhões de euros nas carteiras dos produtos. O BCP, que em novembro era o título com maior eleição por parte dos fundos, acabou por cair para segundo lugar nas preferências, com 22,3 milhões de euros investidos por parte dos organismos.

“Menos” ações nas carteiras

Na generalidade, dezembro pode dizer-se que não foi um mês de crescimento em termos do valor investido nos mercados de ações. No caso da bolsa nacional, verifica-se que os OICVM investiram menos 14,4% nas ações portuguesas face a novembro, o que se traduziu em 231,9 milhões de euros de investimento. Ao nível do valor aplicado em ações de emitentes estrangeiros, também se registou uma queda de 1,9% para os 918,4 milhões de euros.

Aumento do investimento em dívida pública

A dívida pública, tanto estrangeira como nacional, pode dizer-se que foi dos valores mobiliários preferidos dos fundos no mês analisado. O maior crescimento no investimento aconteceu na dívida pública portuguesa, que aumentou 7% para os 229,6 milhões de euros, enquanto no caso da dívida estrangeira o incremento nos portfólios rondou os 5% para os 964,6 milhões de euros.