A alocação das carteiras das seguradoras nos últimos cinco anos

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O Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2020 divulgado pela Autoridade Supervisora de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) mostra a evolução histórica da alocação das carteiras das seguradoras nacionais e um detalhe importante merece destaque: a alocação das carteiras a unidades de participação de fundos mobiliários tem ganho peso significativo no período em análise. É um movimento, aliás, que se verifica também noutro segmento de mercado supervisionado pela ASF, o setor dos fundos de pensões.

O setor segurador vê crescer, assim, o seu papel como um dos maiores clientes das entidades gestoras de fundos de investimento, como fica evidente na distribuição em Portugal do investimento em fundos estrangeiros, por exemplo

Sobre a alocação, a ASF dá conta de que “no que toca à política de investimentos, observou-se uma redução da representatividade da dívida soberana em -1,7 pontos percentuais e um incremento, de igual valor do peso da dívida privada, em ambos os casos explicadas por variações em emitentes da UE”. Destaca também, como referido “o aumento dos valores investidos em fundos de investimento mobiliário (2,5 pontos percentuais), maioritariamente na componente de obrigações, aumento que se deveu às evoluções das carteiras Unit linked e ramo Vida (exceto Unit linked)”. 

Nos dados divulgados observa-se que são, efetivamente, as carteiras afetas a seguros unit linked que maior ponderação apresentam em fundos mobiliários, o que contribui significativamente para a média das carteiras. A alocação das carteiras do ramo vida, sem UL, evidencia apenas 6% nestes instrumentos.