A J.P.Morgan Asset Management trouxe a Portugal três especialistas com três ideias de investimento apresentadas com uma motivação: “Let’s Solve it”.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
A gestora internacional J.P.Morgan Asset Management veio a Portugal fazer um balanço do que tem acontecido nos mercados, e apresentar três ideias de investimento dadas a conhecer por três especialistas da entidade norte-americana. Miguel Luzárraga, responsável de vendas da J.P.Morgan Asset Management para o mercado português, fez a introdução e apresentou alguns dados do conhecido programa ‘Markets Insights’. O profissional dedicou-se apenas à parte de equity, já que os três especialistas presentes dominavam as dinâmicas das classes de ativos mais defensivas.
“Em termos globais existe uma expansão económica”, referiu Miguel Luzárraga, destacando ainda que essa expansão “não acontece apenas nos mercados mais desenvolvidos mas também nos emergentes”. Sobre a balança comercial europeia, o profissional refere que “a diferença entre as exportações e as importações está quase a zero. O consumo continua a ter força no crescimento do PIB”. No entanto, o responsável da entidade ressalva a ideia de que o “investimento está a ser travado por alguns acontecimentos políticos em Portugal e Espanha, e no futuro em França ou Itália”.
“Há também uma diferença muito importante entre a realidade e a nossa percepção. Por exemplo, acreditamos que o sector financeiro pesa muito pouco em termos de ponderação na economia, mas tem um grande peso nos mercados”, afirma .
Relativamente ao mercado norte-americano, Miguel Luzárraga alude à pouca importância que dá às eleições norte-americanas, preferindo olhar para “o lucro das empresas”. Ainda assim, neste aspecto, o responsável de vendas para Portugal indica que “os lucros são um indicador adiantado para uma recessão”. Vai mais além, indicando que qualquer que seja o próximo presidente, “no seu mandato, vai haver uma recessão”. “A realidade é que nós podemos sempre olhar com mais atenção e conseguir um indicador adiantado, já que existe uma correlação estreita entre investimento, desemprego e os lucros da empresa”, sintetiza Miguel Luzárraga.
Com o foco nos mercados emergentes, o profissional menciona que estão a observar “situações de inflow de capital, com a zona asiática em evidência”. “Está a entrar muito dinheiro na Ásia, enquanto que a Europa ainda não está na situação que esperávamos”, conclui.
Três ideias de investimento para ‘atacar’ o mercado
A gestora norte-americana trouxe, também, a Lisboa três profissionais que apresentaram três ideias de investimento. Uma dessas ideias era baseada num fundo que ostenta o selo Funds People Blockbuster: o JPMorgan Funds Global Macro Opportunities Fund. A apresentação esteve a cargo de Nicola Rawlinson, especialista de produto de Multi-Asset Solutions na J.P. Morgan AM.
A profissional apresentou o fundo, onde destacou o facto do retorno do cash se situar acima dos 7% ao ano, com a volatilidade a ficar abaixo dos 10%. Além disso, referiu que “consegue atingir retornos positivos em diferentes ambientes de mercado”. A profissional acrescentou também que a abordagem de investimento é realizada através de “três estados”. No primeiro, é onde são gerados os grandes temas macro do momento. No segundo estado são selecionadas as estratégias de investimento”, sendo depois essa seleção enquadrada numa óptica de risco, dentro dos limites de volatilidade.
Uma outra estratégia de investimento concretiza-se no fundo JPMorgan Funds – Global Bond Opportunities Fund. Trata-se de uma abordagem unconstrained e oportunista, pensada para o longo prazo. Investe em obrigações de todos os sectores e a sua duração estará sempre entre os -2 e os 8 anos. Em termos de retornos, o objetivo é conseguir gerar rendibilidades “tão grandes quanto possível”. Em termos de qualidade dos ativos de dívida, no “máximo 75% da carteira terá de ser abaixo de investment grade”, revelou Marika Dysenchuk, vice presidente e especialista de produto de obrigações flexíveis.
A outra opção de investimento foi apresentada por Michalis Ditsas, especialista de produto de High Yield Europeu. O client portfolio manager da entidade apresentou o fundo JPMorgan Funds – Europe High Yield Bond Fund. Michalis Ditsas falou acerca do ciclo de crédito, sobre o qual referiu que “atualmente o relógio europeu de crédito continua favorável para dívida high yield”, sobretudo porque está em situação de recuperação económica, “o que é bom para o crédito e para as ações. A Europa está na melhor parte do ciclo de crédito”. Sobre o mercado norte-americano, referiu que este está em fase de expansão económica, o que traz “alguma atividade especulativa nas empresas, com a alavancagem a crescer de forma intencional, sendo assim melhor para as ações e um mercado pouco atrativo para o crédito”. Com dados referentes a julho, o especialista referiu ainda que a taxa de default high yield na Europa continua próxima dos mínimos históricos, “muito longe de 2009 onde atingiu mais de 6,5%”.