A Europa está de volta ao crescimento, com Portugal a destacar-se, ao crescer 1,1% no segundo trimestre, face aos três primeiros meses do ano.
O Gabinete de Estatísticas da União Europeia, Eurostat, estima que a economia, no segundo trimestre, da Zona Euro cresceu 0,3% face ao período anterior, marcando assim o fim da recessão mais longa desde que existe união monetária na Europa.
Para o economista da Schroders para a Europa, Azad Zangana, a “recuperação continua a ser desigual, com as economias mais viradas para a exportação a liderar o caminho, enquanto as economias periféricas continuam a lutar na implementação da austeridade”.
Para o economista o maior destaque vai para Portugal que cresceu 1,1% no segundo trimestre face ao anterior, no entanto a “Alemanha e a Finlândia, cresceram mais do que o esperado situando-se nos 0,7%, enquanto a França também superou as expectativas, alcançando um crescimento do PIB de 0,5%.”
Do lado oposto, Itália e Espanha permanecem em recessão, com uma travagem de 0,2% e 0,1%, respetivamente.
“Esperamos que a melhoria na atividade económica possa continuar em toda a Zona Euro, mas, como acontece com os dados mais recentes, também esperamos que a maior parte do crescimento deve estar concentrada em países que não tenham sido envolvidos na crise da dívida soberana”, continua Azad Zangana.
“Em termos de impacto sobre a política monetária o crescimento acima do esperado, juntamente com os sinais encorajadores dos inquéritos às empresas privadas, podem começar a colocar pressão sobre o Banco Central Europeu para mudar a sua postura. No entanto, nós duvidamos que o BCE esteja a considerar alterar a política monetária em breve”, conclui o economista da Schroders.