Crise total na China: o mercado afunda novamente outros 7% e as negociações são suspensas

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Artemuestra, Flickr, Creative Commons

A tormenta vivida pelo mercado de ações no curto espaço de tempo de 2016 não tem fim. A bolsa chinesa encerrou a sessão de hoje com uma violenta queda de 7% depois de menos de 30 minutos de negociação, o que voltou a ativar o mecanismo automático de suspensão das operações. É a segunda vez este ano que as autoridades chinesas se veem obrigadas a ativar o protocolo de curto-circuito posto em marcha neste presente ano, o que já está a servir para travar a hemorragia. Os mercados de Xangai e Shenzhen permanecerão encerrados durante o resto do dia. O índice CSI 300 afundou cerca de 7,2% até aos 3. 284,74 pontos, uma queda similar à registada pelo índice Shanghai Composite, que caiu até aos 3.115,89 pontos. Em apenas quatro sessões, o mercado desperdiçou os lucros de 10% conseguidos em 2015.

O regulador chinês ampliou as restrições à venda de títulos dos grandes acionistas chineses num máximo de 1% do total de ações de uma empresa. Os grandes acionistas (proprietários de 5% ou mais do capital de uma empresa) não poderão desprender-se de mais de cerca de 1% do total num prazo de três meses, e para além disso estarão obrigados a anunciar ao mercado os seus planos de o fazer com pelo menos 15 dias de antecipação, informa a agência espanhola EFE. A pressão vendedora registada na jornada de hoje na China aumentou em linha com a depreciação do yuan que tocou o seu nível mais baixo desde fevereiro de 2011. A crise do mercado de ações chinês está a afectar as bolsas europeias. O EuroStoxx 50, o Ibex 35, o DAX de Frankfurt, o CAC 40 de Paris e o FTSE 100 sofrem quedas que roçam os 3%.