DPAM L Bonds Emerging Markets Sustainable: gerar alfa com a sustentabilidade

Hugo Verdiere e Julie Gossen
Hugo Verdiere e Julie Gossen. Créditos: FundsPeople

Gerar alfa em dívida soberana de mercados emergentes através da sustentabilidade. É o foco do DPAM L Bonds Emerging Markets Sustainable, que conta com Rating FundsPeople. Classificado como Artigo 9.º, ao abrigo do regulamento SFDR, não investe em nenhum país que não seja livre ou democrático, segundo determina o The Freedom House e o The Economist nos seus relatórios anuais sobre o estado das democracias no mundo. Por outro lado, o fundo investe, no mínimo, 40% dos ativos sob gestão nos países melhor classificados do ponto de vista sustentável, segundo um modelo próprio da DPAM.

O comportamento em 2023 e previsões para 2024

Em 2023, os gestores previram, com êxito, que a inflação ia alcançar o seu ponto máximo e que a revisão da política monetária ia começar no segundo ou terceiro semestre de 2023 em muitos mercados emergentes, especialmente na América Latina.

Com margens de taxas reais em níveis historicamente altos e um possível debilitamento do dólar americano no futuro, pensaram que as divisas dos mercados emergentes iam estar protegidas. Combinados com níveis de carry historicamente elevados, estes fatores geraram fortes rentabilidades em 2023.

Para 2024, os gestores esperam que estas tendências se mantenham. “Os bancos centrais dos mercados desenvolvidos vão, provavelmente, começar a reverter a sua política monetária restritiva. Quando e quantos cortes, não é muito relevante para o investidor a longo prazo”, defendem Michael Vander Elst e Hugo Verdiere. Assim, esperam que as taxas de juro diminuam a nível global.

Por isso, a carteira global em moeda local rende cerca de 8% com uma classificação média investment grade. A nível de carteira, tal traduz-se da seguinte forma:

  • Duração objetivo igual ou superior a seis anos, onde acrescentarão duração em caso de debilidade.
  • Maior exposição a países da América Latina, dada a combinação de yields nominais e reais muito elevados.
  • Menor exposição à Ásia, dadas as baixas yields nominais e a difícil situação da China.
  • Exposição neutra à Europa Central, dado que as taxas reais ainda são negativas e o possível impacto da Ucrânia.
  • Posicionamento seletivo nos mercados fronteiriços da África subsariana.

O que esperar do DPAM L Bonds Emerging Markets Sustainable

O foco da carteira é a dívida emergente sustentável e orientada para o progresso a longo prazo. Com uma estratégia de seleção ativa de títulos e países, duração e posicionamento na curva de yields, o fundo investe em obrigações emitidas por países emergentes ou organismos públicos internacionais, selecionados por critérios de desenvolvimento sustentável e com classificações creditícias investment grade e high yield (no mínimo, B). Esta exposição leva consigo uma high yield atual de 7,84% (no final de janeiro de 2024) com uma classificação média de BBB.

A gestão é muito ativa e dinâmica. Assim, o fundo não segue necessariamente a exposição típica dos índices, e a carteira é composta por mais de 35 países e 200 posições. A equipa gestora utiliza análises macroeconómicas, de mercado e de crédito, para identificar os títulos que apresentam um potencial de retorno vantajoso relativamente ao risco assumido. Em relação à abordagem ESG, no processo de tomada de decisões, o gestor integra critérios de sustentabilidade, bem como a defesa dos direitos fundamentais, a liberdade de expressão, a educação, o meio ambiente e os cuidados de saúde. O gestor exclui emitentes objetos de controvérsias graves segundo as normas internacionais, ou que têm um perfil de sustentabilidade desfavorável.

A combinação entre a gestão ativa e um marcado estilo ESG é o que, na opinião dos gestores, ajudou a limitar os drawdowns e a ter uma volatilidade inferior à dos seus homólogos.