É a hora dos bancos europeus?

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Niccolò Caranti. Flickr. Creative Commons

Com os resultados positivos relativos ao primeiro semestre nos bancos europeus (especialmente na banca espanhola), começam, com alguma cautela, a aparecer gestoras com uma postura mais aberta e optimista em relação à banca europeia graças a um conjunto de sinais.

Um dos sinais que os economistas Joshua McCallum e Gianluca Moretti, da UBS Global Asset Management, apontam é um relatório da entidade que refere que: “depois de um grande período de “seca”, finalmente há sinais de esperança para os empréstimos bancários na zona euro”.

Mais uma vez a sombra do BCE está por detrás das melhoras do sector. A ING Asset Management ressalta que o banco impediu riscos sistémicos com as suas políticas, o que lhes permitiu financiar-se de forma mais barata e no longo prazo.

Da UBS referem também a votação do empréstimo realizada pelo banco central para o segundo semestre do ano, onde se reflecte que “as condições de crédito na Zona Euro estão a estabilizar-se, já que há menos bancos com rigidez no que diz respeito ao crédito para empréstimos hipotecários e praticamente todos os bancos esperam manter os seus padrões inalterados no terceiro trimestre”. Os especialistas sublinham que mesmo que à primeira vista não pareça uma notícia espectacular, não se deve perder de vista o facto de que os bancos estão a restringir a sua capacidade de conceder crédito todos os trimestres desde meados de 2007.

A gestora suiça indica que os bancos alemães apenas tiveram de realizar mudanças nas suas políticas de concessão de crédito, já que a economia do país tem sido mais forte do que a dos outros na Zona Euro e a liquidez bancária aumenta.