É a vez de olhar para os gigantes de ações do mercado nacional

Claramente, os maiores fundos de ações do mercado nacional são menos “encorpados” quando a comparação é feita com os fundos de obrigações com mais ativos sob gestão do indústria portuguesa. O contrário não seria de esperar. Historicamente os fundos de obrigações sempre tiveram um grande peso no mercado nacional, enquanto os produtos que investem nas bolsas foram crescendo à sua margem.

A Morningstar, no final de novembro, contabilizava quase 60 fundos com a etiqueta de “equity” no mercado português, cuja soma dos ativos sob gestão ascendia a mais de 1.150 milhões de euros. Os dois fundos que arrecadam o prémio de ‘gigantes’ desta categoria conseguem ambos ter um património superior aos 100 milhões de euros e pertencem à mesma entidade: falamos do Caixagest Ações Líderes Globais e do Caixagest Acções EUA, a cargo da Caixagest.

No caso do Caixagest Ações Líderes Globais, a liderança nesta análise acontece pelo menos desde o início de 2015, e agora, volvidos 11 meses, soma em património mais de 169 milhões de euros. Pela sua componente de investimento em ações globais, não é de estranhar que o fundo tenha nas suas maiores posições empresas de caráter global, como a holding Alphabet Inc. - que possui diretamente várias empresas que pertenceram ou estiverem ligadas à Google – a Microsoft Corp, ou a Nike. 

Com um enfoque maior em termos geográficos, o outro fundo da Caixagest que dá nas vistas pelo seu montante sob gestão – acima de 102 milhões de euros – é o Caixagest Acções EUA. A resiliência do bull market da região para a qual o produto aponta baterias faz por exemplo com que o fundo da Caixagest esteja inserido na lista de seis magníficos da última década.  Segundo a página da Morningstar, é a gigante tecnológica Apple que aparece à cabeça nas maiores posições da carteira do produto, havendo lugar para outras empresas do mesmo ramo, como é o caso da Alphabet Inc, empresa que, como já referido, também entra no portfólio do fundo anteriormente referido.

No limiar dos 100 milhões mora “Portugal”

Muito, muito perto da “meta” dos 100 milhões de euros de ativos sob gestão está um fundo que “olha” para o mercado nacional e está a cargo da Santander Asset Management, sendo gerido por Diogo Pimentel.  O Santander Acções Portugal alcançava no final de novembro aproximadamente 99,8 milhões de euros de ativos sob gestão em carteira e nas maiores posições apresenta um futuro sobre o PSI-20, investimentos na Nos SGPS ou na Galp Energia.

A Europa dá o mote para os fundos que aparecem nas posições seguintes, e que asseguram o lugar dos fundos que nesta análise se situam acima dos 50 milhões de património gerido. Também da Santander Asset Management, e com um valor superior a 62 milhões de euros de ativos sob gestão está o Santander Acções Europa. Os serviços financeiros são o grande sector em destaque na carteira deste produto – ocupando quase 25% do portfólio – existindo  ainda uma fatia significativa  de empresas de consumo cíclico, que ocupam aproximadamente 13% da carteira.

A enfocar-se igualmente na Europa, e com 56,2 milhões de euros de património sob gestão, apresenta-se o BPI Europa, da BPI Gestão de Activos. Também neste produto são as empresas financeiras as que mais ‘pesam’ em carteira, pois perfazem mais de 21,4% do portfólio. O investimento nas financeiras HSBC e no Swiss Re, são dois exemplos dessa preferência por financeiras que se concretizam no top 5 de posições do produto,  segundo as informações disponibilizadas online pela Morningstar.

Confira em baixo os fundos de ações com património superior a 20 milhões de euros:

Fonte: Morningstar, final de novembro