Em busca do segmento acionista nos Exchange Traded Funds

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faungg's photo, Flickr, Creative Commons

No nono mês do ano, no Banco Best, Carlos Almeida, dá conta de que se manteve “a procura pelo investimento no mercado acionista, com maior preferência pela Europa e mercados emergentes”, ao nível dos Exchange Traded Funds. Esta procura pelo mercado acionista global “foi representado pelo ETF da sociedade gestora Vanguard, através do Vanguard Total World Stock ETF, que numa perspetiva de longo prazo, concentra o investimento em ações da América do Norte e Europa”. No que diz respeito ao mercado europeu, “a seleção dos investidores foi para o ETF - iShares STOXX Europe 600 UCITS ETF DE, que investe nas 600 empresas de maior capitalização bolsista de 18 mercados europeus, com destaque para Reino Unido, França e Suíça”. Já em relação aos mercados emergentes “o ETF mais procurado foi o Vanguard Emerging Markets Stock Index Fund ETF, que investe essencialmente na China, Brasil, Taiwan e Índia”. Salienta-se ainda que “o mercado espanhol também assumiu lugar de destaque no top deste mês, com o fundo Amundi ETF MSCI Spain UCITS ETF que investe no índice MSCI Spain”. Em termos de commodities “os investidores optaram pelo investimento em Ouro através do ETF iShares Gold Trust, da sociedade gestora BlackRock Investments”.

Isabel Soares, do Banco BiG, começa por dizer que “o mês de setembro trouxe algumas alterações em algumas das tendências mais recentes verificadas ao nível da negociação de ETFs”. Desta forma, “a procura por produtos que permitam retornos associados ao segmento de dívida (nomeadamente dívida corporativa europeia) parece ter perdido intensidade e os investidores parecem privilegiar agora soluções que permitam exposição ao segmento accionista”. Dos 10 ETFs mais negociados, “todos partilham algumas características, nomeadamente o facto de terem como subjacente índices de acções ou de se tratarem de versões Long (que permitem por isso beneficiar de movimentos de valorização no respectivo subjacente)”. Acrescenta que “a utilização deste tipo de instrumentos financeiros continua a associar-se a investimentos mais direccionais (e muitas vezes de curto prazo). Em termos de inflows destacaram-se ETFs com enfoque geográfico em áreas como Mercados Emergentes ou Brasil (nomeadamente iShares MSCI Emerging Markets e iShares MSCI Brazil Capped)”. Relativamente aos outflows “registaram-se alguns volumes significativo (do lado das vendas) em produtos com exposição a Japão ou Itália (nomeadamente iShares MSCI Japan ou iShares FTSE Mib) com muitos investidores a aproveitarem para realizar algumas das mais-valias acumuladas)”.

Do ActivoBank a tendência foi a dos últimos meses. João Graça assinala que “nos ETFs ainda verificamos muitas alocações de curto prazo”. O profissional indica que no top dos mais negociados se destacam sectores com o “energético e o financeiro”.