A equipa de análise de mercados emergentes publicou o primeiro 'research' temático considerando-o uma oportunidade de pôr num documento "o 'footprint' de cobertura e mostrar o 'expertise' macro do grupo BES".
O Espirito Santo Investment Bank continua a apostar no 'equity research' como forma de fazer os clientes "pensarem em temas de investimento com futuro", refere José Martins Soares, senior managing director e head of emerging markets research na instituição.
"Globalmente cobrimos 600 empresas (incluindo o nosso parceiro na África do Sul) sendo que este 'research' temático capitaliza no trabalho de todos os nossos 'equity analysts', constituindo um produto mais dedicado a portfolio managers com mandatos de emerging markets, ou globais", acrescenta José Martins Soares.
O research em mercados emergente foca, actualmente, Brasil, mercado crucial para o grupo BES com uma presença de varias décadas; a Índia, que surge com a aquisição da Execution Noble, Europa Central (CE-3: Polónia, República Checa e Hungria) onde estão há cinco anos e África do Sul em parceria com a Avior Research, que engloba 120 stocks na África do Sul e Pan-Africa. É expectável que, durante o próximo ano, se materialize a expansão ao México e à Turquia, dada a relevância e peso destes mercados na carteira modelo de mercados emergentes.
"Emerging Markets Women" foi a temática escolhida, dado que "muitos investidores já investigaram o tema de crescimento da economia como um todo, outros já olharam para o tema de aumento do consumo e, o ESIB decidiu seguir uma opção diferente que constitui, igualmente, um crescimento superior. Trata-se de um tema de oportunidade, uma vez que nos próximos cinco anos 'the female work force' constitui cerca de 4,6 biliões de dólares", explica o senior managing director do ESIB.
José Martins Soares acrescenta que "o relatório explica como o papel das mulheres nas economias de mercados emergentes vai seguir o mesmo caminho que nos mercados desenvolvidos. Há 100 anos atrás, as mulheres não podiam votar. Hoje, nos EUA, têm 50% da riqueza e 60% dos estudantes universitários. Com mais ou menos obstáculos – que ilustramos no relatório – as mulheres em mercados emergentes estão a fazer o mesmo trajecto, e isso representa uma oportunidade de investimento única".
Com este research "quisemos dar ao nossos clientes ideias de como investir no tema, sugerindo 15 acções (BRMalls, Casino, Inditex, Klabin, L'Oreal, LPP, Marico, Mothercare, Porto Seguro, PZU; SKS Microfinance, Telenor, TeliaSonera, TTK Prestige e Unilever) que cobrimos globalmente, de mercados emergentes ou desenvolvidos", desde que o tema principal da tese de investimento seguisse, por um lado, a história de empresas em crescimento e com potenciais oportunidades nos mercados emergentes e, por outro lado, onde o papel das mulheres fosse chave, seja como principais clientes, principais tomadores de decisão, principais fornecedores, participantes ou onde o consumo pela população feminina constituísse uma parte significativa.
Relativamente à equipa de research, o senior managing director realça as contribuições para este trabalho dos economista chefes do BES, Carlos Andrade, do ESIB India, Deepali Bhargava, e do ESIB Brasil Jankiel Santos a par de todo um conjunto de pessoas que totaliza cerca de 50 profissionais em diferentes localizações: 12 na India, 12 no Brasil, 8 na Polónia e 16 na África do Sul. Contribuíram, igualmente, com artigos para este trabalho o 'head of sector research' do BES, Francisco Mendes Palma, o 'head of fixed income' ESIB UK, Marcus Ashworth, o 'retail analyst' do Avior Research, parceiro do ESIB na África do Sul, Michael McLeod, a 'head of macro strategy fixed income' Sandra Utsumi, e o 'head of polish equities' ESIB Polónia Szymon Ozog.