A luz verde vai continuar para ações em 2014. No último “Marketexpress” divulgado pelo ING Investment Management, a entidade revela que as condições ideais estão reunidas para que o mercado de ações no próximo ano continue forte.
Se em 2013 a performance das ações foi conduzida pela valorizações, com os investidores a anteciparem a recuperação dos lucros, em 2014 a entidade vira as atenções precisamente para os ganhos. “Os lucros vão dominar e vão ser a chave condutora dos mercados”, pode ler-se.
Lucros em alta, mas valorizações com potencial
Neste sentido, nas perspetivas para o ano que agora entra em vigor, o ING apresenta quatro factores que no seu entender vão ser “impulsionadores dos lucros”. Em primeiro lugar é referida a ampliação da recuperação económica, com a “zona euro a poder assistir a uma grande mudança, passando de uma fase de recessão para um fase de crescimento”, referem. O segundo ponto, por seu lado, aponta um aumento esperado nas margens de lucro. “A alavancagem operacional é positiva e o trabalho ainda tem de negociar poder”, pode ler-se.
O terceiro factor referido prende-se com “os baixos encargos das taxas de juro devido à combinação da baixa alavancagem financeira e das baixas taxas”. Não esquecido, foi também o share buy-backs, que para a entidade holandesa “vai contribuir para aumentar os earnigs per share”. Referem também que “as ações mais caras vão ser substituídas por dívida barata, enquanto o retorno das ações aumenta”.
Apesar deste crescimento esperado nos lucros, o ING não deixa de acreditar no potencial das valorizações em 2014. “As valorização não têm necessariamente que descer”, dizem, explicando que “elas podem mesmo expandir-se ligeiramente , pelo menos fora dos EUA”.
Emergentes: “a pedra no sapato” em 2014
No Outlook da entidade, o ponto fraco para o próximo ano são os mercados emergentes. “Desde que se iniciou a especulação em relação ao tapering começaram algumas dinâmicas adversas para os mercados emergentes”, explicam, referindo mesmo que grande risco se concentrará nestes países.
A instabilidade da moeda, dizem, pode ter impactos nas perspetivas de ganhos das empresas de mercados desenvolvidos, que geram grande parte das suas receitas nos mercados emergentes.