Fundos de ações da União Europeia, Suíça e Noruega: os 10 mais rentáveis a dois anos

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themuzzy333, Flickr, Creative Commons

Dois anos de Europa são sinónimo de uma “longa história”. Se a crise financeira começou neste período de tempo a desvanecer, por outro lado, o “périplo” do BCE foi ganhando contornos distintos. Depois de Mario Draghi prometer salvar o euro, em julho de 2012, a tinta foi correndo. TLTRO, Taxa Tobin, ABS, ou testes de stress, são palavras que foram dominando o debate da política monetária na Europa a 27, neste período de tempo. Com mais ou menos apoio da Alemanha, o BCE foi iniciando um quantitative easing à europeia e em setembro Mario Draghi surpreendia o mercado – ou alguns – com um corte na taxa de juro para os 0,05%.    

Na Suíça, por seu lado, pode destacar-se também uma questão importante. No próximo dia 30 de novembro os eleitores vão a votos para decidir se o Banco Central deve aumentar o peso das reservas de ouro dos atuais 8% para 20%, que seriam obrigatoriamente armazenadas no país e não estariam disponíveis para venda.

No mercado nacional são quase duas dezenas os fundos de ações “cujos ativos em carteira são totalmente emitidos por entidades da União Europeia, Suíça e Noruega e denominados em qualquer uma das moedas oficiais destes países”, segundo a definição da APFIPP. Os dez fundos desta categoria que nos últimos 2 anos, até dia 21 de novembro, obtiveram melhores rentabilidades, apresentam uma rentabilidade média de 10,94%.

Segundo a APFIPP, nos últimos dois anos, até dia 21 de novembro, o fundo de acções da união Europeia, Suíça e Noruega, mais rentável é o  Santander Acções Europa, da Santander Asset Management, com um retorno anualizado de 13,04%. Segundo o portal da Morningstar, o produto apresenta mais de 20% da sua carteira investida no sector dos serviços financeiros. Segue-se no pódio, o Montepio Ações Europa, sob a alçada da Montepio Gestão de Activos, que no período em análise consegue ganhos de 12,25%. Nas 10 maiores posições do produto aparecem empresas de países como Alemanha, França, Suíça e Espanha.

A medalha de bronze, pertence ao Popular Acções, que nos últimos dois anos, segundo números da APFIPP, arrecada um retorno de 12,13%. O produto gerido pela Popular Gestão de Activos, e segundo o site da empresa de análise, atualmente investe 100% da sua carteira na Zona Euro. O quarto posto volta a pertencer a um produto da Montepio Gestão de Activos. O Montepio Capital, com 11,08% de rentabilidade, investe por exemplo em empresas como a Galp Energia, os CTT ou a Telefonica.

A meio da tabela, destaque para o BPI Iberia, da BPI Gestão de Activos. Com 10,60% de retorno nos últimos dois anos, este produto apresenta 9,48% da carteira alocada a ações do Banco Santander.  Na sexta posição é a vez de aparecer o Montepio Ações, que durante o espaço de tempo descrito, entrega 10,58% de resultados. Segundo a página da Morningstar, os três sectores mais significativos na carteira do produto são os serviços financeiros, as utilities e o consumo defensivo.

Novamente com um fundo posicionado nesta análise aparece a BPI Gestão de Activos, com o BPI Europa. No sétimo lugar, este fundo nos últimos dois anos teve ganhos muito próximos do antecessor: 10,56%. Logo em seguida, figura o primeiro fundo da Caixagest neste top: o Caixagest Acções Europa, também com uma rentabilidade que ronda os 10%. Nas 10 maiores posições do portfólio podem encontrar-se títulos de vários países: Alemanha, Holanda, França, Itália ou Bélgica.

Ainda que a Optimize Investment Partners não seja associada da APFIPP, há que assinalar a existência do Optimize Europa Valor neste universo de fundos, que nos últimos dois anos, segundo dados da Bloomberg, consegue 9,52% de retorno.

A fechar o ranking, encontramos o Millennium Eurocarteira, da Millennium Gestão de Activos, com uma rentabilidade nos de 9,40% nos dois anos anteriores a 21 de novembro. No seu portfólio estão investimentos em empresas como a Novartis, a Roche ou a Unilever.