Fundos de alocação: 3 meses, 3 fundos

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Oakwood30, Flickr, Creative Commons

O balanço dos últimos três meses de 2015 não pode ser realizado com um sorriso nos lábios. Desse período, apenas julho foi bastante positivo, com muitos produtos a conseguirem registar uma rendibilidade superior a 3%. Foi nos meses seguintes – agosto e setembro - que o vermelho voltou ao mercado nacional, sobretudo fruto da volatilidade dos mercados financeiros e devido a algumas noticias mais negativas, como foi o caso da Volkswagen.

Também nos fundos de alocação o “efeito negativo” foi sentido no terceiro trimestre do ano. Dos cerca de 60 produtos que a Morningstar classifica como de alocação, apenas 3 superam a linha de água e registam rendibilidades positivas no período em causa, sendo estes geridos por duas casas de investimento.

O fundo com melhor desempenho nesta classificação, no terceiro trimestre do ano, foi o Invest AR PPR. Gerido pela Invest Gestão de Activos, o produto tem mais de 7 milhões de euros em ativos sob gestão com os títulos de dívida pública espanhola e portuguesa a ocuparem os lugares de maior destaque na carteira.

No período em análise a sua rendibilidade foi de 0,47%, o que contribuiu para o facto deste produto ser um dos maior destaque no mercado nacional. O fundo recebeu a classificação de cinco estrelas por parte da Morningstar, sendo também o fundo mais rentável durante o XIX Governo Constitucional português e o melhor do ano da sua categoria.

Santander Asset Management “manda” nos restantes

Os restantes dois produtos de alocação com rendibilidades positivas no terceiro trimestre do ano são ambos geridos pela Santander Asset Management.

Com uma rendibilidade de 0,32% surge o Santander Global. Tem mais de 150 milhões de euros em património e a sua maior posição em carteira, no final de setembro, ia para títulos de dívida pública portuguesa. De acordo com o prospecto do produto, o seu objetivo é o de “proporcionar, através de um único instrumento, o acesso a uma carteira diversificada composta por diferentes activos financeiros com diversos níveis de risco. É indicado para aplicações numa óptica de médio/longo prazo”.

Já com uma subida 0,26% surge o Santander Poupança Futura FPR. Com mais de 110 milhões de euros em ativos sob gestão, o fundo “poderá investir em obrigações diversas, títulos de dívida pública, outros instrumentos representativos de dívida, unidades de participação de fundos de investimento mobiliário, imobiliário, e de capital de risco, assim como em acções”, segundo se pode ler no prospecto. Ainda assim, apenas poderá investir em ações num máximo de 10% do valor da carteira.

Entre os maiores investimentos em carteira encontramos dívida corporativa de companhias como a Morgan Stanley ou o BNP Paribas. Já o segundo maior investimento em carteira, no final de setembro, ia para um fundo imobiliário denominado de Santander Lusimovest.

Os três fundos de alocação

Fonte: Morningstar no final de setembro