Nos fundos de alocação mais rentáveis em 2015, verifica-se que os dois lugares de liderança estão ocupados por dois produtos "cinco estrelas" para a Morningstar.
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O ano de 2015 tem “dado muitas voltas”, sobretudo depois de um início bastante positivo. Mas à medida que o ano tem avançado, as rendibilidades têm vindo a decrescer na maior parte dos produtos disponíveis para o investidores nacionais. O mesmo movimento descendente tem sido notado também nas captações líquidas.
Ainda assim, entre os fundos de alocação – que são cerca de 60 - , existem alguns que conseguem ter resultados positivos em termos de rendibilidades nos primeiros três trimestres do ano. De acordo com a informação partilhada pela Morningstar, através da sua plataforma online, existem dois fundos que se destacam dos demais entre os de alocação: o Invest AR PPR e ainda o NB PPR.
Os dois produtos partilham algumas características, como o caso de ambos serem considerados de cinco estrelas pelo ranking quantitativo da Morningstar ou ainda o facto de apresentarem rendibilidades acima de 7%.
Dos dois fundos, o Invest AR PPR é aquele que regista melhor comportamento em 2015. Gerido pela Invest Gestão de Activos, o fundo regista uma rendibilidade de 7,84% no período. O seu património ascende a mais de 6,5 milhões de euros e as maiores posições em carteira vão para títulos de dívida soberana espanhola e portuguesa. De acordo com a política de investimento do produto, a carteira será composta “em mais de 50% por obrigações de estados membros da União Europeia emitidas há mais de um ano. As aplicações em ações ou OIAs de acções nacionais ou internacionais serão efectuadas até 40% do seu património”. O investimento em ações será no mínimo 5%, sendo que esta situação poderá ocorrer em “situações de grande volatilidade em que a gestão do OIA entenda adequado o refúgio em valores de risco mais limitado”.
No final de agosto, as ações representavam cerca de um quinto da carteira, com o sector da saúde na linha da frente, seguido das utilities e dos serviços financeiros. Estes três sectores representavam mais de metade do investimento em ações.
Já o NB PPR regista uma valorização de 7,07%. Gerido por David Dias da GNB Gestão de Ativos, o fundo tem um património superior a 14 milhões de euros. Tal como no fundo da Invest Gestão de Activos, os maiores investimentos são realizados em títulos de dívida soberana, mas no caso em países como Itália, Alemanha e Portugal. No último relatório mensal do produto – referente a setembro -, o gestor faz algumas perspetivas sobre o mercado, evidenciando as “valorizações exuberantes resultantes da expansão monetária do BCE que encontram oferta, alterando rapidamente o sentimento de medo de escassez para receio de porta demasiado pequena para saída”. O gestor sublinha, também, a “sensibilidade do BCE à sustentabilidade da dívida que deverá criar reacções se os níveis de taxas italianas e espanholas cruzarem determinadas linhas”.
Optimize é a entidade mais representada
Dos dez produtos de alocação com rendibilidade positiva, quatro são geridos pela Optimize Investment Partners. O mais rentável é, também, o terceiro fundo de alocação com melhor comportamento no prazo em análise. A sua rendibilidade é de 3,99% e denomina-se de Optimize Capital Reforma PPR Acções. O património ascende a 14,5 milhões de euros e nos maiores investimentos em carteira, no final de agosto, podíamos encontrar três fundos geridos pela casa: o Optimize Europa Obrigações, o Optimize Europa Valor e ainda o Optimize Investimento Activo.
Este último faz também parte da lista dos fundos de alocação mais rentáveis, juntamente com o Optimize Capital Reforma PPR Equilibrado e o Optimize Capital Reforma Moderado.
Com 3,79% de rendibilidade figura, ainda, o MNF Valor. Gerido pela MNF Gestão de Activos, o produto é estrela na entidade. O fundo “tem uma preocupação de retorno absoluto, uma alocação média a ativos de risco equivalente a ações de cerca de 60%”, afirmam a partir da entidade. De realçar, também, que este produto é o que apresenta o maior sharpe ratio entre os seus pares, nos doze meses anteriores ao final do mês de agosto.