O último Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2022 da ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) oferece também um vislumbre de como os fundos de pensões nacionais estão a investir em fundos de investimento.
Segundo o que reflete a CMVM, no que diz respeito "à constituição das U.P. em fundos de investimento, por tipologia de ativos", verificou-se um "aumento relevante dos fundos de obrigações, por contrapartida dos fundos de ações, ambos com variações simétricas de 5,2 pontos percentuais". Uma variação que o regulador assinala ter sido transversal a todas as tipologias de fundos de pensões.
A entidade escreve também que "as proporções totais, equilibradas entre fundos de ações e de obrigações, decorrem de uma ligeira maioria dos fundos orientados a ações no caso dos fundos de pensões fechados (42,3%, face a 38,8% dos fundos de obrigações), contrabalançada com um peso maioritário dos fundos de obrigações nos fundos que financiam PPR e outros fundos abertos (55,8% e 48,5%, pela mesma ordem)".
Mercado do Luxemburgo domina
No que diz respeito às unidades de participação em fundos de investimento ao nível da sua geografia, a ASF considera "como base a sede da respetiva entidade gestora". Ao longo de 2022, dizem, as variações neste âmbito foram moderadas, "mantendo os traços principais de anos precedentes".
Embora se tenha verificado o que apelidam da "maior compressão global de representatividade" - em concreto dois pontos percentuais - o mercado de gestão de fundos luxemburguês continua a ser aquele que predomina. Encurta-se a margem para os fundos geridos no Reino Unido, "cuja proporção cresceu 1,6 pontos percentuais". O maior incremento anual foi protagonizado pelos fundos geridos na Alemanha, que registaram um incremento anual de 1,8 pontos percentuais.
As unidades de participação dos fundos de investimento nacionais mantiveram um peso comedido nas carteiras de investimento dos fundos de pensões, após uma ténue variação anual de 0,3 pontos
percentuais em 2022.
