Fundos de pensões nacionais caem em agosto

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P A H L A V A N, Flickr, Creative Commons

De acordo com os dados publicados pela consultora Mercer, os fundos de pensões nacionais tiveram uma performance negativa no mês de agosto, com uma mediana estimada de -0,5%, sobretudo devido ás desvalorizações nas obrigações e no mercado acionista. Para Rui Guerra, Partner da consultora: “A performance negativa dos mercados acionistas resultou essencialmente da crescente instabilidade política com o receio de uma intervenção militar na Síria, no entanto, também contribuíram o sentimento de incerteza dos investidores relativamente à continuação da política monetária expansionista e a expectativa do resultado das eleições alemãs.“

Obrigações com uma queda menor em agosto

Em agosto, segundo os cálculos da Mercer, o mercado de ações caiu 1,7%, com as ações europeias a cair 1,4% e as ações fora da Europa com uma queda mais acentuada, atingindo os 2,2%. O mercado obrigacionista teve uma queda mais ligeira (0,3%), com as quedas maiores a situarem-se nas Obrigações de taxa fixa em Euros e nos títulos de dívida de outras moedas. Já as Obrigações de taxa variável em euros conseguiram valorizar 0,2%. “O mercado obrigacionista registou uma performance negativa na sequência da subida das yields nos EUA e na zona Euro. Os investidores venderam as obrigações mais seguras antecipando resultados económicos acima do esperado, e na expectativa do abrandamento do estímulo financeiro dos bancos centrais”, afirmou Rui Guerra.

Ações puxam desde do início do ano

Apesar da queda das ações em agosto, é desde do início do ano que este ativo é realmente rentável. Segundo os cálculos da consultora, desde janeiro, as ações apresentam uma rendibilidade de 13,2%, sendo que as ações europeias “apenas” valorizaram 11,3%, com as ações de outras zonas do globo a subirem 16,5%.

Desde janeiro, as ações apresentaram rendibilidades positivas em seis dos dois meses, com o máximo a ocorrer em julho.