O ano de 2022 foi, sem dúvida, complicado para a gestão de carteiras de obrigações. Este fenómeno reduziu a duração modificada das carteiras para valores mais baixos dos últimos seis anos.
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Um dos enfoques do relatório anual lançado pela CMVM foi a duration modificada da componente obrigacionista dos fundos mobiliários. O relatório visa mostrar uma fotografia do mercado de valores mobiliários a final de 2022.
Duração modificada da dívida da carteira de obrigações
Fonte: CMVM, Relatório sobre os mercados de valores mobiliários 2022.
A duração modificada das carteiras de obrigações dos fundos mobiliários baixou para 2,5 anos em 2022. Este valor compara com 2,9 anos em final de 2021. A queda levou a duração modificada média destas carteiras para mínimos dos últimos seis anos. Segundo consta no relatório, este fenómeno traduziu "um posicionamento mais conservador dos gestores em função dos movimentos ascendentes das taxas de juro” no ano passado.
Atentando nas várias componentes das carteiras em análise, a dívida pública estrangeira era onde os gestores sentem confiança para irem mais longos nesta métrica. Este segmento fechou o ano a rondar os 3 anos de duração modificada na carteira dos fundos em análise. Do lado oposto segue tanto a dívida pública nacional como a dívida privada nacional. Ambos os segmentos terminaram o ano em valores próximos dos 1,5 anos.