No Top 10 dos fundos mais subscritos do Banco Best assiste-se a uma tomada de risco nos extremos, com, por um lado, vários fundos de ações com perfil de risco mais agressivo e, por outro, fundos com risco SRI de 1 e 2. Já no Banco Carregosa, observa-se um maior conservadorismo por parte dos investidores.
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Nos fundos mais subscritos do mês de julho, surgiu o apetite pelo risco por parte dos investidores, apesar dos fundos do mercado monetário dominarem os primeiros lugares. Este interesse pelos fundos do mercado monetário também já se tinha manifestado nos fundos mais subscritos de junho. Será que esta tendência se manteve no mês de agosto?
Tema das commodites em destaque
No ranking dos fundos mais subscritos do Banco Best, as ações dominam com seis fundos, sendo que os restantes quatro investem em estratégias mais conservadoras, onde encontramos um imobiliário, um de tesouraria e dois de obrigações de taxa variável.
Nos últimos meses, tem-se assistido a uma tomada de risco nos extremos. “Se, por um lado, temos vários fundos de ações com perfil de risco mais agressivo, do outro apenas encontramos fundos com risco SRI de 1 e 2, bastante conservadores”, afirma Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best.
Começando precisamente pelo fundo de menor risco, temos o Pictet-Short-Term Money Market. “Com risco SRI 2, num dos casos perto da fronteira e ainda com risco”, explica o profissional, “vemos os fundos de obrigações de taxa variável, imunes ao risco de subida de taxas de juro e, por isso, com uma volatilidade ainda muito controlada, mas com um retorno atual na casa dos 4%”. A procura dos investidores concentrou-se, em agosto, no Allianz Floating Rate Notes Plus e no DWS Invest ESG Floating Rate Notes. Com risco 2 encontramos ainda um fundo imobiliário, o Property Core Real Estate Fund.
Por sua vez, no espetro oposto, nos fundos de ações, o destaque vai para o tema das commodities, para as soluções de gestão passiva e para a tecnologia. Nas commodities, verifica-se a preferência pelos metais especiais e pela energia. Já na gestão passiva, estão presentes no Top 10 dois fundos índice, um sobre o índice americano mais genérico e outro a preferir o índice global de ações. “Quanto ao tema/setor tecnologia, vimos a preferência dividida entre o Fidelity Funds - Global Technology Fund e o BlackRock Global Funds - World Technology Fund”, afirma Rui Castro Pacheco.
Mês muito forte em subscrições
Contrariamente às expetativas, o mês de agosto foi muito forte em subscrições para o Banco Carregosa, ainda que parte considerável se tenha focado em mercado monetário.
“Observa-se um maior conservadorismo por parte dos investidores em que apenas quatro fundos (do Top 10) é da classe acionista. Também continuamos a ter o fundo de imobiliário direto Silvip VIP neste ranking”, comenta Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos da entidade. .
Fundos mais subscritos no mês de agosto
Banco Best
Rating FundsPeople
Banco Carregosa
Rating FundsPeople
Invesco Gold & Special Minerals Fund E Accumulation EUR
JPM EUR Money Market VNAV "D" (EUR) ACC
Property Core Real Estate Fund
Fidelity Euro Cash "A" (EUR) ACC
Schroder International Selection Fund Global Energy B Accumulation USD
Quanto aos fundos mais resgatados deste mês, o Banco Best tem algumas estratégias de fundos multiativos. Rui Castro Pacheco acredita que possam existir dois motivos para este facto: “Por um lado, alguns investidores podem estar a retirar os seus investimentos de gestores menos bem sucedidos nos últimos meses. Por outro, alguns investidores mais conservadores encontram nos fundos de obrigações alternativas com uma yield atrativa e preferem não investir noutro tipo de ativos que, ainda com retorno potencial superior, têm maior risco”.
Já nos fundos mais resgatados do Banco Carregosa, Tiago Gaspar afirma que continuam “a ter os fundos de mercado monetário como os mais transacionados. O valor dos restantes resgates é demasiado baixo para que se possa inferir o sentimento dos investidores”.