Fundos mais subscritos de junho: mercado acionista indiano, commodities e soluções de gestão passiva no centro das atenções

No passado mês de junho, o BCE anunciou a sua primeira descida de taxas desde 2019, enquanto a Fed adiou novamente a descida. Além disso, realizaram-se as eleições para o Parlamento Europeu, com a UE a virar à direita. Como consequência desse resultado, a França convocou eleições antecipadas. Poderão estes eventos ter efeitos nos fundos mais subscritos do Banco Best e do Banco Carregosa?

Tomada de risco nos extremos

Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best, começa por afirmar que “nos últimos meses, temos assistido a uma tomada de risco nos extremos”. Se, por um lado, vemos vários fundos de ações, com perfil de risco mais agressivo, do outro apenas é possível encontrar fundos com risco SRI de 1 e 2, bastante conservadores. Ainda segundo o profissional, “aparentemente, os fundos mais conservadores estão neste momento a gerar um retorno suficiente para quem não quer correr muitos riscos”.

Começando precisamente pelo fundo de menor risco, encontramos o fundo Pictet-Short-Term Money Market. Com risco SRI na fronteira entre 1 e 2, vemos um fundo de obrigações de taxa variável, o Allianz Floating Rate Notes Plus. Com risco 2, encontramos um fundo imobiliário, o Property Core Real Estate Fund.

Já nos fundos de ações, o destaque deste mês vai para o tema das commodities e para soluções de gestão passiva. Nas commodities, verifica-se a preferência pela energia, com o Schroder International Selection Fund Global Energy e pelos metais especiais, com o Invesco Gold & Special Minerals Fund. Na gestão passiva, temos dois fundos índice, um sobre o índice americano mais genérico, o Fidelity S&P 500 Index Fund, e outro a preferir o índice global de ações, o Fidelity MSCI World Index Fund.

Neste mês, no ranking do Banco Best existe ainda um fundo de tecnologia, o BlackRock Global Funds - World Technology Fund, e dois países nas preferências dos clientes: a Turquia, com o BNP Paribas Funds Turkey EquityNR, e a Índia, com o Jupiter India Select.

O bom momento da Índia

Por sua vez, Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos do Banco Carregosa, começa por realçar o facto dos investidores “estarem a ser muito ativos nos fundos de mercado monetário”. Na sua opinião, as yields atrativas promovem estes fundos como “boa opção para parquear o capital não investido”. 

O profissional também destaca o aumento do apetite pelo mercado acionista indiano, com dois fundos no Top 10: o Morgan Stanley Indian Equity e o Invesco India Equity. “O bom momento que a Índia tem vivido, a par de um mercado acionista com uma tendência bem definida de subida, alimenta o apetite do investidor”, explica.

Globalmente, “as subscrições”, afirma o profissional, “indiciam uma postura cautelosa pelo aumento do número de fundos da classe obrigacionista e pela ausência de fundos temáticos”.

Fundos mais subscritos no mês de junho