Fundos mais subscritos de fevereiro: ações tecnológicas em grande destaque

Créditos: Alex Mao (Unsplash)

O Top 10 dos fundos mais subscritos do Banco Best e do Banco Carregosa em janeiro não apresentavam grandes diferenças comparativamente a dezembro. Nesse primeiro mês de 2024, as ações dominaram os rankings de ambas as entidades. Terminado o mês de fevereiro, observamos agora as tendências que se verificam no Top 10 destas duas entidades nesse mês. 

No ranking do Banco Best, o domínio dos fundos que investem em ações mantém-se. Dos 10 fundos, sete investem nesta classe de ativos. Os restantes três, tal como no mês de janeiro, são fundos bem diferentes e cobrem espectros de risco mais conservador: o Property Core Real Estate Fund, fundo imobiliário; Pictet-Short-Term Money Market, fundo de tesouraria; e o Allianz Global Investors Fund - Allianz Floating Rate Notes Plus, fundo de obrigações. 

Passando para os sete fundos de ações, o destaque este mês vai para o tema da tecnologia. “Verificámos procura por um fundo mais genérico, o BlackRock Global Funds - World Technology Fund, um mais regional sobre o mercado americano, o JPMorgan Funds - US Technology Fund, e ainda um dedicado ao subtema da inteligência artificial, o Allianz Global Artificial Intelligence”, afirma Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best.

Verifica-se ainda procura por dois fundos índice, um sobre o índice americano mais genérico, o Fidelity S&P 500 Index Fund, e outro a preferir o índice global de ações, o Fidelity MSCI World Index Fund. “A completar o Top, vemos preferência por um fundo que investe em empresas ligadas às commodities, com o fundo Invesco Funds - Invesco Gold & Special Minerals Fund, e outro que investe na bolsa indiana, o Jupiter India Select”, acrescenta o profissional. 

Do lado do Banco Carregosa, e segundo Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos da entidade, o mês de fevereiro foi bastante ativo, tendo o montante das subscrições sido três vezes superior ao dos resgates

“É de notar a sobreposição entre subscrições e resgates em termos de classe, geografia e temas. Possivelmente os resgates devem-se a market timing”, afirma o profissional. No entanto, é percetível a vontade dos investidores de manter carteiras simples. 

O Top 10 do Banco Carregosa é, à semelhança do Top 10 do Banco Best, dominado pelos fundos de ações, com cinco fundos. Dentro destes fundos, existem temas como a saúde, a tecnologia e o Japão. Seguem-se as obrigações, com quatro fundos, e é ainda possível encontrar, no primeiro lugar do Top 10, um fundo do mercado monetário. “De realçar que o fundo de investimento direto em imobiliário voltou ao Top 3 das subscrições”, acrescenta ainda Tiago Gaspar.

Fundos mais subscritos no mês de fevereiro 

Banco BestRating FundsPeopleBanco CarregosaRating FundsPeople
Property Core Real Estate Fund - Fundo de Investimento Imobiliário Aberto AFidelity Euro Cash "A" (EUR) ACC
BlackRock Global Funds - World Technology Fund E2 EURFPPimco Income E (EUR HDG) ACC
Fidelity MSCI World Index Fund EUR P AccSilvip VIP
Fidelity S&P 500 Index Fund EUR P AccPictet USA Index R (EUR) ACC
Invesco Funds - Invesco Gold & Special Minerals Fund E Accumulation EURBGF World Healthscience E2 (EUR) ACCFP
Jupiter India Select Class L EUR AccFPFidelity Global Technology E ACCFP+
Allianz Global Investors Fund - Allianz Floating Rate Notes Plus AT EURMSS Euro Strategic Bond "A" ACC
JPMorgan Funds - US Technology Fund D (acc) - EURFPPictet USA Index R ACC
Pictet-Short-Term Money Market EUR RBGF EURO Bond E2 ACCFP
Allianz Global Investors Fund - Allianz Global Artificial Intelligence AT (H2-EUR)FPFidelity Japan Value "A" (EUR) ACCFP
Fonte: Informação fornecida pelas entidades.

Mais resgatados

Nos fundos mais resgatados, Rui Castro Pacheco salienta dois casos: um fundo que investe em empresas com fortes marcas globais e outro que investe em tesouraria. 

No que diz respeito ao tema das empresas globais, o profisional pensa que possa ter “a ver com o facto de o momento do mercado estar a privilegiar empresas de estilo mais tecnológico e de crescimento mais rápido”, face a empresas em mercados mais maduros e estáveis e já bem estabelecidas no mercado.

Na tesouraria, “poderá ter a ver com o facto de alguns clientes estarem a colocar a sua liquidez neste tipo de instrumentos de curto prazo e ter chegado o momento de rodar as suas posições para outros mercados potencialmente mais arriscados e com maior retorno esperado”, conclui.