Os Top 10 do Banco Best e do Banco Carregosa do mês de janeiro mantêm-se praticamente iguais aos do mês de dezembro. As ações dominam os rankings, mas também é possível encontrar alguns fundos de obrigações.
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No mês de dezembro, os fundos mais subscritos do Banco Best e do Banco Carregosa mostravam que os investidores estavam mais otimistas. Será que esta tendência se manteve no mês de janeiro?
Segundo Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best, o ano começou quase como terminou. “Neste mês, o Top é constituído exatamente pelos mesmos fundos que tivemos no Top de dezembro, tendo apenas havido alguma subida na posição do fundo que procura investir em empresas do setor do ouro e outros metais especiais”, explica o profissional.
Assim, a maioria dos fundos presentes no Top 10 investem os seus ativos em ações, “mas contamos com três fundos que não o fazem, sendo que são três fundos bem diferentes e que cobrem espectros de risco mais conservador”, afirma Rui Castro Pacheco. Estamos a falar de um imobiliário, um de tesouraria e um de obrigações.
O fundo imobiliário é o já conhecido Property Core Real Estate Fund. Relativamente à tesouraria, encontramos o fundo que já tinha aparecido em rankings anteriores, o Pictet-Short-Term Money Market. Por último, nos fundos que investem em obrigações, a preferência foi para uma solução com obrigações de taxa variável, com o Allianz Floating Rate Notes Plus AT.
Nos fundos de ações, é possível verificar a presença de dois fundos que investem em empresas ligadas a setores de commodities, nomeadamente o ouro e outros metais, com o Invesco Gold & Special Minerals Fund, e a energia, com o Schroder International Selection Fund Global Energy. “Temos adicionalmente dois fundos índice, um sobre o índice americano mais genérico, o Fidelity S&P 500 Index Fund, e outro a preferir o índice global de ações, o Fidelity MSCI World Index Fund”, acrescenta.
As restantes três escolhas recaem sobre o tema tecnológico, com os BlackRock Global Funds - World Technology Fund e Fidelity Global Technology Fund, mais abrangentes, e o JPMorgan Funds - US Technology Fund, mais restrito às empresas do mercado americano.
Do lado do Banco Carregosa, Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos da entidade, observa que os investidores estão “menos avessos ao risco”, uma vez que há maior ponderação da classe acionista no Top 10 e “os fundos da classe obrigacionista posicionam-se num espetro mais agressivo” face ao mês anterior.
Desta forma, dos 10 fundos presentes no ranking do Banco Carregosa, cinco pertencem à categoria das ações, incluindo ações globais, dos EUA e do setor tecnológico; três pertencem à categoria das obrigações, existindo ainda um fundo do mercado monetário.
Fundos mais subscritos no mês de janeiro
BancoBest | Rating FundsPeople | Banco Carregosa | Rating FundsPeople |
Property Core Real Estate Fund - Fundo de Investimento Imobiliário Aberto A | Fidelity Euro Cash "A" (EUR) ACC | ||
Invesco Funds - Invesco Gold & Special Minerals Fund E Accumulation EUR | Pimco Income E (EUR HDG) ACC | ||
Schroder International Selection Fund Global Energy B Acc USD | Fidelity Global Technology E ACC | FP+ | |
Fidelity MSCI World Index Fund EUR P Acc | Pimco Income E (EUR HDG) Inc | ||
Allianz Global Investors Fund - Allianz Floating Rate Notes Plus AT EUR | MSS Euro Strategic Bond "A" ACC | ||
BlackRock Global Funds - World Technology Fund E2 EUR | FP | Nordea 1 European High Yield Bond E ACC | FP |
Fidelity S&P 500 Index Fund EUR P Acc | Nordea 1 Global Opportunity E (EUR) ACC | ||
Pictet-Short-Term Money Market EUR R | BNY Mellon Global Equity Income A (EUR) ACC | ||
JPMorgan Funds - US Technology Fund D (acc) - EUR | FP | Nordea 1 Global Stable Equity EURO Hedged E (EUR) ACC | |
Fidelity Funds - Global Technology Fund E-Acc-EUR | FP+ | Pictet USA Index R ACC |
Mais resgatados
No que diz respeito aos fundos mais resgatados, sendo um mês muito positivo para a entrada em fundos de investimento, mesmo que pouco significativo, podemos apontar resgates numa estratégia multiativos. Segundo Rui Castro Pacheco, “a falta de fundos multiativos nos mais subscritos e o seu aparecimento nos mais resgatados, parece apontar para uma possibilidade de os investidores estarem a posicionar-se com maior convicção nos extremos do risco”, ou seja, investidores mais conservadores passam as suas posições para fundos mais conservadores, como os de obrigações e os de tesouraria, e os investidores mais dinâmicos voltam às ações.
Já Tiago Gaspar sublinha que o valor das subscrições representou o dobro dos resgates. O maior volume de resgates foi concentrado nos fundos de mercado monetário, “levando-nos a crer que os investidores estão a resgatar posições mais defensivas para incrementar posições de maior risco”, esclarece o profissional.