Nos fundos mais subscritos do Banco Best, o interesse pelas commodities, as soluções de gestão passiva e a tecnologia mantém-se. No entanto, o Top 10 do Banco Carregosa revela uma procura relevante quer por soluções defensivas, quer por fundos mais agressivos.
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Nos fundos mais subscritos do mês de fevereiro, o interesse dos investidores manteve-se nas commodities, nas soluções de gestão passiva e na tecnologia, com um fundo de cibersegurança a entrar também no Top 10.
Olhando para os fundos mais subscritos do mês de março do Banco Best, vemos que esta situação não se alterou. Nas commodities mantém-se a preferência pelos metais preciosos ou especiais, com o Invesco Gold & Special Minerals Fund, e pela energia, com o Schroder International Selection Fund Global Energy. “Na gestão passiva, temos os habituais Fidelity S&P 500 Index Fund e Fidelity MSCI World Index Fund, que replicam os principais índices americano e mundial, aos quais se juntou este mês o Pictet-USA Index, que replica o principal índice americano”, conta Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best. Por último, quanto ao setor da tecnologia, os investimentos foram para um fundo genérico, o BlackRock Global Funds - World Technology Fund.
Os restantes quatro fundos presentes no Top 10 do Banco Best são estratégias mais conservadoras: o Pictet-Short-Term Money Market, o Allianz Floating Rate Notes Plus, o DWS Invest ESG Floating Rate Notes LC e o Property Core Real Estate Fund.
Divisão no comportamento dos investidores: procura relevante por soluções defensivas e por fundos mais agressivos
Já a análise dos fundos mais subscritos do Banco Carregosa revela uma “curiosa bifurcação no comportamento dos investidores”, afirma Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos da entidade. Segundo o profissional, de um lado destaca-se uma “procura relevante por soluções defensivas” – nomeadamente fundos de liquidez e de imobiliários diretos –, “o que sugere um reforço da prudência perante a crescente incerteza macroeconómica”, explica.
Por outro lado, também se observou um aumento significativo nas subscrições de fundos mais agressivos, particularmente no setor tecnológico e estratégias de estilo growth, precisamente aquelas que registaram perdas acentuadas no último mês. “Esta dinâmica poderá refletir um movimento de buy the dip, em que certos investidores procuram antecipar uma recuperação ao apostar em ativos penalizados de forma expressiva”, afirma Tiago Gaspar.
Fundos mais subscritos no mês de março
Banco Best
Rating FundsPeople
Banco Carregosa
Rating FundsPeople
Invesco Gold & Special Minerals Fund E Accumulation EUR
Silvip Fundo VIP
Property Core Real Estate Fund
Fidelity EURO Cash "A" (EUR) ACC
Schroder International Selection Fund Global Energy B Accumulation USD
Nos fundos mais resgatados, Rui Castro Pacheco nota, no mês de março, algumas saídas dos mercados americanos. “No campo das ações, vimos saídas no tema US Growth e US Tech, enquanto no campo das obrigações verificámos resgates nas high yield”, acrescenta.
Por sua vez, nos fundos mais resgatados do Banco Carregosa observa-se uma dispersão significativa entre classes de ativos, estilos e geografias, sem uma narrativa única dominante. “No entanto, é de notar o volume expressivo de resgates verificado num fundo de liquidez, o que levanta a possibilidade de os investidores estarem a libertar capital com vista a um eventual reposicionamento”, conta Tiago Gaspar. Este comportamento, conjugado com as subscrições mais arriscadas acima referidas, “pode ser interpretado como preparação para reentradas seletivas no mercado, aproveitando eventuais pontos de entrada mais atrativos”, acrescenta o profissional.