No final do ano passado o montante gerido, em Portugal, no segmento de gestão discricionária ascendeu a quase 61.950 milhões de euros.
No final do ano passado, o valor sob gestão no segmento de gestão de patrimónios atingia mais de 61.944 milhões de euros, segundo os dados agora publicados pela CMVM. Este valor representa um decréscimo superior a 5% face ao final de 2015, o que equivale a uma queda que ronda os 3.700 milhões de euros. Em termos trimestrais, no último período do ano passado o montante total caiu cerca de 1%. Em termos de número de entidades, são 41 as que gerem carteiras por contra de outrem.
Crescimento de 12% em cinco anos
Nos últimos cinco anos (desde dezembro de 2011), o segmento de gestão discricionária em Portugal aumentou em cerca de 6.700 milhões de euros, o que em termos percentuais significa um incremento superior a 12%. Apesar de algumas descidas no montante total ao longo dos últimos cinco anos, podemos ver que o valor tem seguido uma tendência positiva, tal como se pode verificar no gráfico seguinte.
Evolução dos ativos sob gestão das entidades que gerem patrimónios em Portugal
Fonte: CMVM no final de dezembro de 2016
Como está dividido o segmento?
Os dados da CMVM mostram que existem 41 entidades que gerem carteiras por contra de outrem. O regulador divide o mercado em três grandes segmentos: instituições de crédito, as empresas de investimento e ainda as gestoras de fundos. As instituições de crédito nacionais são as mais representativas, com um total de 14 entidades, sendo seguidas pelas Gestoras de Fundos e ainda pelas Empresas de Investimento que gerem patrimónios, cada uma com uma representação de nove entidades.
Se olharmos para os ativos sob gestão, encontramos duas dezenas de gestoras que superam a barreira dos cem milhões de euros. A Caixagest surge na liderança, de forma destacada, com um total superior a 21.900 milhões de euros, sendo seguida da F&C Portugal (atualmente BMO Global Asset Management) e ainda da GNB Gestão de Ativos, com 13.000 e 6.650 milhões de euros, respetivamente.
As entidades com mais de 100 milhões de euros em gestão individual de ativos