Índia: o motor dos BRIC nos últimos cinco anos

Quando em 2001 Jim O’Neill, economista-chefe da Goldman Sachs, lançou o estudo “Building Better Global Economic BRICs”, a terminologia BRIC que engloba Brasil, Rússia, Índia e China passou a fazer parte da linguagem corrente nos meios financeiros e não só.

Este conceito marcou o início do século XXI e tem acompanhado, também, os últimos anos, embora com os países a diferenciarem-se na sua “velocidade” de crescimento. Por exemplo, entre os anos de 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou cerca de 65% da expansão do PIB mundial e representam mais de um terço de toda a população existente no planeta terra.

Mas qual dos BRIC tem dado maiores rendibilidades aos fundos que investem em cada um dos países nos últimos cinco anos e que estão disponíveis para os investidores portugueses?

Índia comanda os emergentes

Entre os quatros países, o que mais se tem destacado tem sido a Índia. Em termos de rendibilidade média anualizada, os fundos que investem apenas neste país apresentam uma valorização no período analisado de 10,46%, segundo os dados publicados pela Morningstar.

O fundo com melhor performance é o GS India Equity gerido pela Goldman Sachs AM com uma rendibilidade anualizada de 16,98%, seguido do Fidelity India Focus da Fidelity Worldwide Investments com 13,26% e do Franklin India da Franklin Templeton Investments com ganhos de 12,23%. Destaque, também, para o Schroder ISF Indian Equity da Schroders com um resultado na ordem dos 11,58%.

Com uma rendibilidade média anualizada de 7,68% aparecem na segunda posição, os fundos que investem na segunda maior economia do mundo. Dos produtos estrangeiros que estão disponíveis aos investidores nacionais e que investem apenas no mercado chinês aquele que apresenta a rendibilidade maior é o Threadneedle China Opp da Threadneedle com uma valorização anual de 13,15%. Nos fundos que investem neste mercado, destaque, também para o UBS (Lux) EF China Oppo da UBG Global Asset Management com ganhos de 8,89% e ainda para o Schroder ISF China Opportunities, da Schroders, com uma rendibilidade anualizada de 7,01%.

Rússia e Brasil...no "fio da navalha"

A Rússia e o Brasil perderam o comboio das grandes rendibilidades quando se analisam individualmente cada um do BRICs. Em termos médios, nos últimos cinco anos, os fundos que investem na Rússia apresentam valores positivos na ordem dos 1,04% enquanto os fundos que investem no Brasil perdem cerca de 1,5%.

Dos fundos que investem no único país europeu presente existem dois que se destacam: o Parvest Equity Russia Opportunities da BNP Paribas IP com ganhos de 4,95% e ainda o DWS Russia da Deutsche Asset & Wealth Management (Deutsche AWM) com uma rendibilidade de 2,17%.

Já no país do samba o maior destaque vai para o Bradesco Glbl Brazil Equities M&S Caps, gerido pela MDO Management, com uma rendibilidade de 5,11%.

Os 25 fundos de ações mais rentáveis nos últimos cinco anos

Análise Funds People a partir dos dados disponibilizados pela Morningstar a 31 de outubro