No âmbito da 'Schroders Investment Conference' que decorreu em Londres, esta entidade realizou um inquérito a mais de 120 clientes intermediários, tendo sido avaliada a alocação de activos e respectivas escolhas de classes de activos. Peter Beckett, head of international marketing na Schroders, afirmou que, “apesar da actual incerteza na Europa, este inquérito sublinhou um possível ponto de viragem no sentimento dos investidores no que diz respeito às acções europeias e aos activos de risco".
Efectivamente, "uma maior apetência ao risco" foi uma das conclusões deste inquérito, dado que 72% dos inquiridos "afirmaram já ter revisto o risco das carteiras dos seus clientes ou esperar vir a fazê-lo nos próximos meses", refere o comunicado. Neste sentido, as acções europeias foram a classe de activos escolhida por 41% dos inquiridos que "declararam a sua intenção de aumentar a alocação dos seus clientes a este sector até ao final do ano". Na opção de escolhas de potenciais retornos do investimento, as respostas já divergem, sendo que 77% afirmou que aceitaria uma rendibilidade em fundos de acções entre os 3% e 5%, 63% preferem um rendimento variável que pretenda alcançar entre os 4% e 7% e, finalmente, 23% ficariam satisfeitos com uma distribuição fixa na ordem dos 5%.
No que refere ao 'quantitative easing' (QE) e problema fiscal norte-americano, Peter Beckett salienta o sentimento actual dos investidores, que "estão a mostrar-se cautelosos no que se refere aos Estados Unidos, dada a incerteza que paira sobre a saúde da economia e os problemas fiscais que se encontram ainda por resolver". As opiniões em relação ao QE foram díspares, sendo que 16% considera positivo, 52% assume que o efeito pode ser inferior ao esperado e 25% considera que não houve efeitos positivos e que existe a ameaça de uma inflação no futuro.