Moderar o risco nas carteiras: assim se caminhou nos fundos mistos

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Digitalnative, Flickr, Creative Commons

Já costuma ser habitual a presença de fundos mistos na lista de fundos estrangeiros mais subscritos, a cada mês, no BiG, Banco Best, ActivoBank, e na plataforma de fundos do Banco Invest. Setembro não foi exceção. Do BiG, no comentário referente ao mês em questão no que toca às subscrições, era mesmo referido que pelo facto do período ter sido marcado por “movimentos de desvalorização na generalidade dos mercados acionistas”, isso “parece ter levado ao abrandamento da procura por produtos desta classe (leia-se ações) com muitos investidores a favorecerem estratégias com maiores níveis de diversificação”.

Contas feitas, e mais ou menos em consonância com as listas de outros meses, no nono mês do ano foram quatro os fundos mistos a dar nas vistas na lista conjunta de fundos preferidos pelos clientes. Contudo, desta vez existiu o que se pode apelidar de um denominador comum: todos os fundos são “mistos moderados”, e com uma abordagem global.

Não vale a pena fazer grande “alarido” sobre o Nordea 1 Stable Return Fund, gerido pela Nordea AM. Este produto é um nome mais do que conhecido – e habitual – nas listas de produtos mais subscritos nas plataformas em terreno nacional, ganhando também grande fôlego à escala europeia, pois é o quarto fundo mais procurado no velho continente nos meses decorridos do ano. Segundo a página online da Morningstar, o produto apresenta nas maiores posições em carteira títulos do tesouro norte-americano e ainda investimentos na Johnson & Johnson, e no UnitedHealth Group Inc. Na última revista da Funds People Portugal, Asbjorn Trolle Hansen, gestor do fundo, explicava que a carteira do fundo reflete a normalização monetária nos EUA.

EUA: o grande denominador comum em carteira

O fundo da BlackRock, BlackRock Global Allocation Fund (Hg), apresenta em carteira algumas semelhanças com o produto anteriormente descrito. Este produto misto moderado, e igualmente com uma abordagem global, apresenta também no seu top 5 de posiçõe, investimentos em títulos do tesouro norte-americano. O posicionamento em EUA é portanto forte, tanto num fundo como noutro: no produto da Nordea esta região “pesa” cerca de 60% da carteira, enquanto no da BlacRock, perfaz pouco mais de 54% do portfólio.  

O outro produto misto que foi estrela no mês é o MFS® Meridian Funds - Global Total Return Fund Class A1 EUR Acc, a cargo da MFS Investment Management. Embora em menor “medida” também no caso deste fundo os EUA são a região onde se focam atenções. A equipa gestora aloca quase 50% dos investimentos na maior economia do mundo e, tal como no caso dos ‘peers’ anteriores, também nas maiores posições do fundo estão investimentos em títulos do tesouro norte-americanos. No entanto, a maior posição em carteira pertence à empresa farmacêutica Novartis.

O quarto fundo misto moderado na berlinda não foge à regra dos produtos anteriores, e aloca quase 47% dos investimentos à economia norte-americana. Contudo, no Fidelity Gbl Multi Asset Tact. Moderate, gerido pela Fidelity Worldwide Investment, contrariamente às carteiras dos fundos homólogos, são os futuros sobre vários índices mundiais que preenchem o top 5 de posições cimeiras. 

Fundos mistos mais subscritos nas plataformas em setembro (por ordem alfabética)

Fundo Gestora  Categoria/Região
BlackRock Global Allocation Fund (Hg) BlackRock  Misto moderado/Global
Fidelity Gbl Multi Asset Tact. Moderate Fidelity Worldwide Investment Misto moderado/Global
MFS® Meridian Funds - Global Total Return Fund Class A1 EUR Acc MFS Investment Management Misto moderado/Global
Nordea 1 Stable Return Fund Nordea AM  Misto moderado/Global

Fonte: Informação cedida pelo BiG, Banco Best, ActivoBank e Banco Invest