Morningstar identifica 1.200 fundos do Artigo 8 que não entrariam na sua classificação independente como sustentáveis

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Créditos: Iva Rajović (Unsplash)

Há um ano que os investidores contam com um regulamento europeu para a classificação dos fundos de acordo com o seu grau de sustentabilidade. Mas isso não significa que investir de forma sustentável já seja fácil. De facto, a Morningstar lamenta que desde a entrada em vigor do Sustainable Finance Disclosure Regulation (SFDR) se tenha tornado mais complexo do que nunca identificar os fundos verdadeiramente sustentáveis na Europa.

O novo regulamento visa aumentar a transparência sobre os riscos ESG e as características de impacto do investimento de produtos distribuídos na União Europeia. Previsivelmente, o volume das comunicações nos documentos jurídicos relacionados com ESG aumentou substancialmente. Mas, na opinião da Morningstar, também levou à confusão e à suspeita de greenwashing.

O universo sustentável na Europa encolhe 27%

Com efeito, a entidade detetou 1.200 fundos classificados como artigo 8.º ao abrigo do SFDR que, no entanto, não entrariam na sua classificação independente como sustentáveis. Assim, no quarto trimestre de 2021, o seu universo de fundos europeus sustentável diminuiu 27% face à sua revisão do terceiro trimestre. Estamos a falar do facto de um em cada quatro fundos que uma gestora considera cumprir o primeiro passo de sustentabilidade não passar no crivo da Morningstar. Agora, o universo sustentável é composto por 4.461 fundos de acordo com os critérios da entidade. 

Dito isto, é um crescimento notório em comparação com os 3.196 fundos reportados no final de 2020. Mais 40% num ano.