Por outro lado, os temáticos, pela mão de Daniel Pingarron, CAIA, gestor de vendas sénior na Natixis IM, também vieram à conversa. O profissional começou por mencionar os fuxos que tem estado a observar neste espaço, nomeadamente, os significativos outflows em temas como IT, tecnologia e tudo o que envolve setores growth. “Diria que o que está a acontecer está mais relacionado com o sentimento dos investidores, sentimento esse que está altamente stressante”, apontou Daniel Pingarron.
Mas quanto a este novo ambiente macroeconómico de subidas das taxas de juro, o profissional da Natixis IM não o vê como um problema para estas tendências de crescimento seculares. “Estas tendências seculares, como são a água, a robótica, a segurança, e o bem-estar, não se vão alterar. É verdade que, no curto prazo, este aumento das taxas de juro impacta negativamente alguns destes setores, mas não investimos a pensar no curto prazo. Investimos a pensar no longo prazo e, nesse período, ao investir nestas tendências, os fatores macroeconómicos não devem ser uma preocupação, porque são tendências seculares”, explica o profissional. Portanto, vê então neste ambiente uma oportunidade de entrada, e refere mesmo que algumas empresas estão com avaliações muito interessantes.
Acrescenta também dois outros movimentos que têm estado a constatar na entidade. O primeiro trata-se da substituição de fundos de ações globais por temáticos; o segundo movimento tem a ver com o facto de, “hoje em dia, ao contrário do que acontecia antes, os temáticos serem cada vez mais um investimento core das carteiras”, indica.
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