Gershon Distenfeld e Will Smith. Créditos: Cedida (AllianceBernstein)
Gherson Distenfeld e Will Smith, gestores do AB Short Duration High Yield Portfolio, explicam porque é que, num mundo incerto, este tipo de estratégia pode ser especialmente adequado para obter atrativos retornos ajustados ao risco. Comentário patrocinado pela AllianceBernstein.
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A recente crise bancária nos EUA e Europa sacudiu os mercados de ações e de obrigações. Embora tanto as autoridades norte-americanas como as europeias tenham reagido rapidamente para evitar danos no sistema financeiro e para acalmar a volatilidade do mercado, estes episódios realçam a importância da gestão do risco e o valor que estratégias de investimento com resultados demonstrados oferecem, capazes de mitigar o risco e gerar rentabilidades interessantes.
De uma perspetiva histórica, as obrigações high yield de curta duração e com elevadas classificações proporcionaram sólidos retornos com características defensivas. Agora que as curvas das taxas estão invertidas na América do Norte, Europa e partes da Ásia, os investidores já não precisam de aumentar o risco de taxas de juro (duração) para obter retornos adicionais.
As obrigações com vencimentos mais curtos representam menos risco
As obrigações high yield a curto prazo têm intrinsecamente um menor risco do que as obrigações a longo prazo, uma vez que os seus vencimentos mais curtos as deixam menos expostas tanto ao risco de incumprimento como ao risco de taxas de juro. Além disso, dado que estas obrigações são atualmente negociadas abaixo do valor nominal (gráfico), é provável que os seus preços subam à medida que se aproximam do vencimento, gerando assim mais-valias.
Além disso, concentrando-se no segmento de maior qualidade das obrigações high yield com vencimentos curtos, os investidores podem criar carteiras mais defensivas em troca de uma redução relativamente pequena da rentabilidade (gráfico).
Durante o período de 20 anos que terminou a 30 de setembro de 2022, as obrigações high yield com classificação BB- e B- com vencimento entre um e cinco anos captaram mais de 80% da rentabilidade do conjunto do mercado high yield, ao mesmo tempo que experienciavam cerca de 50% do drawdown médio mensal. Por conseguinte, ofereceram melhores retornos ajustados ao risco do que as obrigações high yield com vencimentos mais longos (de cinco a 10 anos). Não obstante, alcançaram o seu máximo esplendor em períodos de extremas tensões nos mercados. Nesses momentos, as obrigações high yield de curta duração e de maior qualidade mostraram uma captura de downside muito inferior à dos mercados high yield globais e norte-americanos (gráfico).
Na nossa análise, as estratégias de obrigações high yield de curta duração geridas de forma dinâmica, que podem realizar alocações táticas a ativos com melhores classificações como as obrigações com investment grade, podem obter retornos ainda mais consistentes. Mudar as alocações para obrigações mais defensivas e de maior rentabilidade à medida que as condições de mercado variam oferece aos investidores a oportunidade de obter uma rentabilidade mais elevada em períodos de interesse pelo risco e de se protegerem contra riscos em baixa em momentos de agitação nos mercados.
Uma curva de taxas invertida beneficia as obrigações com vencimentos curtos
Dado que as curvas de taxas estão atualmente invertidas, os investidores dispõem de um ponto de entrada que pode ser extremamente interessante para investir em obrigações high yield de curta duração, uma vez que este tipo de obrigações, com vencimentos inferiores a cinco anos, oferecem retornos significativamente superiores ao das obrigações com vencimentos mais longos (gráfico).
Num mundo incerto, acreditamos que as estratégias de obrigações high yield com melhor classificação e vencimentos mais curtos podem ser especialmente adequadas para oferecer atrativos retornos ajustados ao risco.
As opiniões expressas neste documento não constituem análise, aconselhamento de investimento nem recomendação de negociação e não representam necessariamente as opiniões de todas as equipas de gestão de carteiras da AB. As opiniões podem mudar ao longo do tempo.