TRIBUNA de Matt Peron, responsável de ações; Jim Cielinski, CFA, responsável de fixed income; David Elms, responsável de alternativos diversificados; Steve Cain e Aneet Chachr, CFA, gestores de portefólios de alternativos diversificados; da Janus Henderson Investors. Comentário patrocinado pela Janus Henderson Investors.
O que deve estar no radar dos investidores em 2021?
A pandemia abanou a economia global em 2020 e os mercados financeiros experienciaram volatilidade sem precedentes. Avançando para 2021, os prometidos desenvolvimentos relativos à vacina e o continuado apoio dos bancos centrais oferece esperança de maior estabilidade, mas a incerteza continua. É por isso que o Janus Henderson’s Market GPS ajuda a preparar o caminho com uma variedade de análises de todas as classes de ativos e com os mais recentes e aprofundados insights por parte dos seus gestores de portefólios de topo.
Os componentes-chave estão em vigor para apoiar os mercados de ações em 2021?
Na secção Equity Perspectives, Mett Peron, responsável de ações, explica que os produtos e serviços de vários setores têm sido cruciais em ajudar negócios e famílias a navegar neste período de incerteza. Com os casos a crescerem neste momento na Europa e EUA, esperamos que as soluções de teletrabalho e de e-commerce continuem a ter procura nos próximos meses. “Mais recentemente, empresas farmacêuticas e de biotecnologia inovadoras vieram à tona já que a corrida à vacina e a outras terapias continua. O valor que estes setores estão a adicionar à economia é refletido no facto de gerarem alguns dos maiores retornos até agora em 2020”.
Peron menciona que “recentemente têm sido acompanhados pelas matérias-primas, que beneficiaram da expansão fiscal na China. Pelo contrário, os setores das viagens e energia podiam continuar a enfrentar dificuldades dado o declínio geral na atividade económica na falta de uma vacina disponível em larga escala (que, apesar dos progressos, continua longe), e devido ao facto dos bancos enfrentarem headwinds na forma de permanentemente baixas taxas de juro que pesam nas margens”.
Pode o fixed income continuar a oferecer estabilidade durante a tempestade?
Relativamente às Fixed Income perspectives, Jim Cielinski, responsável de fixed income, considera que apesar dos comentadores parecerem surpreendidos houve um apetite por uma oferta recorde de fixed income, mas se uma empresa ou um governo conseguir emitir obrigações, por definição alguém deve estar do outro lado para as comprar. “A impulsionar a procura estava a necessidade contínua de income. Nos EUA, o investment grade e as obrigações corporativas high yield atingiram os 2,073 mil milhões de dólares só em outubro, já excedente o ano recorde de 2017”.
Seguindo esta ideia, “as empresas anteciparam os seus empréstimos, seguindo a máxima dos aforradores de ações – “go big and go early”. É sempre mais fácil – e mais barato – emprestar quando parecemos menos desesperados. Com taxas de juro baixas e as yields das obrigações em níveis tão reduzidos, o custo de suportar o excesso de reservas de liquidez num ambiente de incerteza é baixo. Para algumas empresas esta liquidez está simplesmente nos seus balanços, de tal forma que a dívida líquida aumentou apenas marginalmente. Pensamos que os níveis de alavancagem vão diminuir em 2021 à medida que os ganhos aumentam”.
2021 é a altura certa para olhar além das abordagens de investimento tradicionais?
Analisando os Alternatives outlooks, David Elms, responsável de alternativos diversificados, e Steve Cain e Aneet Chachr, gestores de portefólios de alternativos diversificados, explicam que os verdadeiros movimentos do mercado têm sido objetivamente muito voláteis – o S&P 500® Index publicou o seu maior ganho de sempre no dia a seguir às eleições dos EUA, seguido dias depois por maior movimento value versus growth de sempre com o anúncio da vacina da Pfizer. Mas 2020 já nos vacinou contra surpresas – tirando aliens a aterrar na Terra, já quase nada nos pode chocar.
Porém, há sinais de que eventos muito arriscados podem ser evitados. “A eleição dos EUA resultou num impasse político, no entanto, parece que o Congresso vai rapidamente concordar com novos apoios se a economia cair a pique novamente. A situação da COVID-19 está a piorar rapidamente na maior parte do mundo, mas múltiplas vacinas estão a chegar em 2021. A equipa considera que “hipervigilância e reações extremadas causadas por ansiedade, aumento da volatilidade a curto prazo e choques inesperados são pouco prováveis.
Para ficar a saber as perspetivas completas para as diferentes classes de ativos, pode ler o Investment Outlooks completo assinado pelos especialistas da entidade e descobrir o que as diferentes equipas esperam para 2021. Além disso, e contra este cenário, os co-responsáveis de ações George Maris e Alex Crooke, o responsável global de fixed income Jim Cielinski, e o responsável de alternativos diversificados David Elms, também destacam num vídeo os potenciais riscos e oportunidades para ajudar os investidores a navegar durante o próximo ano.