Nos últimos 11 meses, quatro fundos nacionais alcançaram um retorno superior a 30%. Entre os 20 que estão para acabar o ano como mais rentáveis, encontramos produtos que investem no mercado nacional.
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Apesar da pandemia, o ano de 2021 tem-se revelado positivo para os investidores de ações e não tão positivo para os investidores em obrigações. Ainda que ligeira, a única correção mais significativa que vimos nos principais índices acionistas norte-americanos aconteceu no final do terceiro trimestre, altura em que ocorria a evolução da variante Delta, o início do tapering dos EUA, o aumento da regulação na China, e a crise energética. Contudo, os mercados mostraram a sua robustez ao recuperarem dessa queda e ao renovarem em constantes máximos históricos.
Na verdade, o ranking dos fundos que estão na linha da frente para serem os mais rentáveis do ano demonstra essa predominância de fundos acionistas. Aliás, nenhum fundo de obrigações consta neste Top 20, ilustrado abaixo.
De facto, a fotografia do ranking deste ano não se alterou muito face ao de dezembro do ano anterior. Nesta extensa lista, há semelhança do ano passado, há um grupo de estratégias de investimento que sobressaem: fundos que investem no mercado norte-americano e mundial. Segundo a Morningstar, quatro dos 20 fundos mais rentáveis apresentam um foco no mercado norte-americano, e seis apresentam um carácter de investimento mais global.
De sublinhar também os retornos alcançados por estes 20 produtos – os intervalos de rentabilidade year to date destas estratégias variam entre 17,7 e 33,7%. Estes valores comparam com os retornos alcançados no ano anterior que variavam entre 7,7 e 12,7%.
Top 3 com retornos superiores a 30%
O produto que se encontra melhor posicionado para se tornar o mais rentável do ano é o BPI América, que apresenta uma rentabilidade de 33,7%. Este produto da BPI Gestão de Ativos, gerido por Rui Araújo, CFA detém mais de 34 milhões de euros em ativos sob gestão. Como seria de esperar, o setor tecnológico é o mais preponderante em carteira, com uma exposição de cerca de 33,3%, detendo como principais posições em carteira nomes como Apple, Microsoft, Alphabet ou Nvidia.
De relembrar que, durante este ano, o BPI América foi premiado como Melhor Fundo de Ações Americanas na cerimónia de entrega dos Melhores Fundos Jornal de Negócios/APFIPP. Este acabou por ser também o fundo de ações americanas com maior retorno absoluto em 2020.
Segue-se no ranking o BPI Ações Mundiais, que alcançou uma rentabilidade de 30,8% nos últimos 11 meses e que gere atualmente um património de mais de 49 milhões de euros. Trata-se de mais um fundo sob alçada da casa gestora BPI Gestão de Ativos (com Selo FundsPeople pela classificação Consistente), gerido por Rui Araújo, CFA em conjunto com Luís Alvarenga, CFA.
Imediatamente a seguir surge o IMGA Ações América com um retorno de 30,6%. Gerido por António Dias, o fundo da IM Gestão de Ativos apresenta uma exposição de 27% ao setor tecnológico e detém como principais títulos a Microsoft, Alphabet, Apple, Amazon e um ETF da Invesco que segue o índice S&P500.
Fundos nacionais mais rentáveis até novembro de 2021
Fundo | Selo FundsPeople 2021 | Entidade gestora (Advisor) | Categoria Morningstar | Retorno YTD (%) | Ativos sob gestão |
BPI América | BPI Gestão de Ativos | US Large-Cap Blend Equity | 33.7 | 34 454 983 | |
BPI Ações Mundiais | C | BPI Gestão de Ativos | Global Large-Cap Growth Equity | 30.8 | 49 448 581 |
IMGA Ações América | IM Gestão de Ativos | US Large-Cap Blend Equity | 30.6 | 28 590 751 | |
BPI GIF Opportunities | BC | BPI Gestão de Ativos (Caixabank AM) | Global Large-Cap Growth Equity | 30.3 | 73 476 452 |
IMGA Global Equities Selection | IM Gestão de Ativos | Global Large-Cap Blend Equity | 27.9 | 24 272 217 | |
NB America Growth Fund | GNB Gestão de Ativos (GNB International Management) | US Large-Cap Blend Equity | 26.9 | 39 698 834 | |
Caixa Ações Líderes Globais | BC | Caixa Gestão de Ativos | Global Large-Cap Blend Equity | 26.2 | 1 889 620 336 |
BPI Reforma Global Equities PPR/OICVM | BPI Gestão de Ativos | Global Large-Cap Blend Equity | 26.1 | 2 922 582 | |
Caixa Ações EUA | Caixa Gestão de Ativos | US Large-Cap Blend Equity | 24.5 | 84 400 163 | |
NB Portugal Ações | GNB Gestão de Ativos | Portugal Equity | 21.2 | 24 044 704 | |
IMGA European Equities | IM Gestão de Ativos | Europe Large-Cap Blend Equity | 20.6 | 41 465 281 | |
BPI GIF Maverick Global | BPI Gestão de Ativos (Caixabank AM) | Aggressive Allocation - Global | 20.5 | 20 773 320 | |
Caixa Ações Europa Socialmente Responsável | Caixa Gestão de Ativos | Europe Large-Cap Blend Equity | 20.1 | 26 985 091 | |
BPI Portugal | C | BPI Gestão de Ativos | Portugal Equity | 20.1 | 27 517 601 |
BPI GIF Africa | BPI Gestão de Ativos (Caixabank AM) | Africa Equity | 20.0 | 15 749 300 | |
Optimize Capital Reforma PPR/OICVM Agressivo | Optimize Investment Partners | Flexible Allocation - Global | 19.9 | 11 804 372 | |
Atrium Portfolio SICAV - Global Selection Fund | Atrium Investimentos | Other Equity | 19.3 | 28 430 713 | |
Montepio Acções Europa | Montepio Gestão de Activos | Europe Large-Cap Value Equity | 18.0 | 20 344 711 | |
NB Momentum Sustentável | B | GNB Gestão de Ativos | Global Large-Cap Blend Equity | 17.8 | 136 730 553 |
Santander Acções Europa | Santander Asset Management | Eurozone Large-Cap Equity | 17.7 | 193 628 782 |
Outros destaques
Nota, ainda, para os fundos de ações que investem em outros mercados – como o português – e que estão presentes no ranking. Alguns exemplos são o NB Portugal Ações, o BPI Portugal ou o BPI GIF Africa.