Faz dois anos em dezembro que Shinzo Abe chegou ao poder no Japão. Estará a dar resultados? Todas as matrizes e os rankings dos produtos que melhor souberam aproveitar o Abenomics
Shinzo Abe e o seu governo chegaram ao poder em dezembro de 2012. Um dos maiores factos do seu mandato ocorreu em abril de 2013 com a nomeação de Haruiko Kuroda como novo governador do Banco de Japão. Quando entrou na instituição, anunciou um programa de estímulos quantitativos e qualitativos que iriam relançar o Japão na recuperação económica com uma meta de inflação de 2% num prazo de dois anos. O país tinha acabado de ter a maior crise nuclear desde Chernobyl em 2011 onde teve seis primeiros-ministros em seis anos.
Estes dois anos na liderança foram marcados por alguma irregularidade. A inflação atingiu os 3,4% em julho, levando o Abenomics a passar algumas dificuldades, como por exemplo o aumento do IVA de 5% para os 8% o que provocou uma contração do PIB em 6,8% no segundo trimestre, de forma anualizada. Também estão pendentes alguns aspectos como o aumento da mão-de-obra (o Japão é dos países mais envelhecidos do mundo), pelo que se está a tentar renovar alguns tratados internacionais para permitir a entrada de alguns trabalhadores estrangeiros e ainda a promoção da mulher no mundo do trabalho. O governo já começou a dar o exemplo com o número recorde de mulheres nos ministérios, nomeadamente à frente da Justiça, Comércio e Indústria, Feminino, Assuntos Internos e Comunicações.
Enquanto isso, a rendibilidade dos títulos japoneses entrou na zona vermelha e o Nikkei acumulou uma subida de 65% nestes dois anos, embora de forma irregular em 2014, o que impediu um aumento mais dramático. Para o investidor de fundos, a chave é descobrir quais os produtos que se desmarcam do índice, conseguindo retornos superiores. Segue uma lista dos fundos que mais rendimento conseguiram obter com o Abenomics.
Os fundos internacionais que investem no Japão