Os produtos mais resgatados no mês de março: nervosismo e mais valias?

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Créditos: Rick Maschke (Unsplash)

Ao relacionar os fundos mais subscritos com os mais resgatados do mês de março, Tiago Gaspar, responsável pela análise e seleção de fundos do Banco Carregosa comenta que “nota-se que há fundos que consistentemente têm estado presentes tanto como dos mais subscritos como dos mais resgatados evidenciando algum timing the market”. Para o profissional, este comportamento pode representar algum nervosismo por parte dos investidores.

Já observámos que o top 10 de fundos mais subscritos do Banco Best era dominado por fundos de ações e, no Banco Carregosa, apesar de o top ser maioritariamente composto por fundos de ações, os fundos obrigacionistas também marcavam uma certa presença entre as principais escolhas dos investidores.

Contudo, Tiago Gaspar diz que “nos resgates, sem surpresa, os clientes reduziram a sua exposição a fundos de obrigações de uma forma um tanto indiscriminada, mas maior incidência na Europa”. Aliás, relembramos que no mês de fevereiro, a componente obrigacionista encontrava-se bem presente entre as preferências dos clientes da entidade.  

Já relativamente ao Banco Best, “nos fundos mais resgatados podemos encontrar dois temas que também estão representados nos mais subscritos, pelo que assumimos que existiu durante o mês alguma tomada de mais valias ou rotação entre gestores, procurando alternativas que possam estar a obter um maior desempenho”, aborda Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto da entidade. Neste sentido, o profissional concluiu ao referir que “os temas onde vimos algumas saídas foram as ações americanas de estilo growth e tecnológicas”.