Plano de reestruturação da GAM: irá eliminar cerca de 10% dos cargos em 2019

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A GAM toma medidas para salvar o crescimento futuro da empresa. A empresa iniciou um programa de reestruturação “exaustivo”, segundo anuncia num comunicado, que lhes irá permitir “manter a rentabilidade e o valor para os acionistas no curto prazo”. Segundo os seus cálculos, irão reduzir cerca de 10% de postos de trabalho de todo o Grupo durante 2019.

Tal como comunicou há umas semanas, algumas equipas de investimento “consolidar-se-ão”. As equipas de obrigações de Londres, Zurique e Nova Iorque focar-se-ão em potenciar uma plataforma de obrigações emergentes, capacidades maiores em crédito global, uma equipa de asset backed securities (ABS) e mortgage backed securities (MBS), e uma oferta em obrigações globais estratégicas que evolui do atual expertise em obrigações total return. Em ações, a GAM consolidou uma equipa especializada na Europa enquanto manteve as de ações não europeias intactas. Quanto à distribuição, “irão centrar os seus recursos nas zonas que oferecem potencial de crescimento a curto e médio prazo”.

As reestruturações irão continuar durante 2019 e a gestora calcula que a poupança nos custos se reflita completamente nas contas financeiras de 2020. As tais medidas “irão simplificar o negócio e irão potenciar a eficiência”, como o definem no comunicado. A GAM calcula que as medidas de reestruturação resultam numa redução de custos de funcionários e gastos gerais no valor de pelo menos de 35 milhões de euros. Isto significa que irão reduzir cerca de 10% de postos de trabalho em todo o Grupo durante 2019, incluindo as mudanças nas equipas de investimento. “A empresa irá continuar a investir no seu negócio core assim como nas capacidades de compliance e gestão de risco”, sublinham.

Continua a sair dinheiro dos fundos

No fecho do penúltimo mês do ano, os ativos sob gestão do grupo caíram para os 124.000 milhões após sofrerem saídas de 3.720 milhões de euros entre o final de setembro e de novembro de 2018.

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Como se verifica na tabela anterior, as saídas aconteceram sobretudo nas suas estratégias de obrigações. No total de outubro e novembro saíram cerca de 2.660 milhões de euros da tal gama. Segundo especifica a gestora, estes fluxos negativos aconteceram sobretudo das estratégias GAM Star Credit Opportunities e GAM Local Emerging Bond.

O dinheiro que saiu de retorno absoluto foi principalmente do GAM Star (Lux) – Merger Arbitrage e do GAM Absolute Return Europe Equity; e de ações, da GAM Star Continental European Equity. Em contrapartida, os GAM Star Japan Equity e GAM Emerging Markets Equity receberam fluxos líquidos positivos.

Apesar deste passo, a GAM irá registar anos fiscais complicados. Dado os ativos sob gestão “significativamente” menores e os lucros esperados para 2019, a empresa espera que os resultados financeiros para o próximo ano sejam “materialmente inferiores” aos comparáveis de meio e fim de ano de 2018.