Primeiro seminário de investimentos Bankinter: "Como enfrentar o dilema do Rendimento?"

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Cedida

Foi com um discurso motivador que o Bankinter iniciou o seu primeiro seminário de investimentos, desta feita em parceria com a Fidelity International. Sofia Craveiro, diretora comercial da entidade, abriu as hostes referindo que o Bankinter está no “lado solar” do mundo financeiro, pelos sólidos rácios que apresenta no contexto atual.

A apresentação seguiu com Nuno Salvador, da gestão de ativos do Bankinter, que centrou o seu discurso nos mercados financeiros em geral, nos riscos que se colocam num futuro próximo, e ainda na visão da casa para as várias classes de ativos.

Riscos a monitorizar

“Neste início de 2016 assistimos a uma forte correção das matérias primas, bem como a muitos países em recessão económica”, começou por referir. Neste contexto, em que o preço do petróleo se deprimiu bastante, o sector de high yield tornou-se bastante atrativo, mais concretamente “nas empresas do sector energético”. Sobre os Estados Unidos – país que para a entidade é uma ‘história’ ainda com algum valor –lembrou que a criação de emprego tem vindo a evoluir positivamente desde 2009, o que tem tido “efeitos positivos na confiança dos consumidores”. Para o resto do ano, lembrou riscos que podem ter algum efeito nos mercados. Nuno Salvador, reiterou que há que estar atento ao Brexit, à crise dos refugiados e ainda à instabilidade política na União Europeia. O ritmo e a intensidade do ciclo de normalização é outro dos factores a monitorizar, bem como o crescimento global, o terrorismo e as eleições nos EUA.

Tendo em conta as ideias atrás descritas, no que toca à alocação de ativos, a área de gestão de ativos da entidade está a sobreponderar, por exemplo, liquidez, obrigações investment grade e ações de mercados desenvolvidos. A sobreponderação na liquidez não resulta de uma atratividade dos ativos, mas sim como reserva de “munições” para oportunidades futuras. Em sentido contrário, estão pouco positivos em ativos como a dívida pública, ações de mercados emergentes e obrigações high yield, já que, apesar da atratividade das yields, a frequência dos defaults faz com que esta seja uma classe de ativos que perde o charme.

O dilema do rendimento

Ana Carrisso, da Fidelity International, trouxe à plateia convidada pelo Bankinter o tema que deu o mote ao seminário: “Como enfrentar o dilema do rendimento?”. A profissional começou por lembrar que atualmente a procura de rendimento é cada vez maior e mais persistente. Para esta tese contribui o facto da população  estar a ficar cada vez mais envelhecida, o que conduz à procura de soluções que vão mais além “da dívida pública e dos depósitos a prazo”. Comprovando graficamente, Ana Carriso mostrou aos presentes que “hoje em dia o mercado acionista está a pagar mais dividendos do que em 2007” e, por isso, “o rendimento via investimento em ações está a ser mais vantajoso agora do que há 9 anos atrás”. Contudo, há que ter em conta “a sustentabilidade do dividendo” e a sua “previsibilidade”.

Quais as empresas que podem oferecer esse tipo de dividendo? Ana Carriso lembrou que têm de ser empresas “com presença global”,  “boa fixação de preços”, e “bons balanços”. Neste sentido apresentou um fundo da Fidelity que se apresenta como uma solução para quem procura rendimentos. O Fidelity Funds Global Dividend Fund – fundo de ações globais – toma como referência o MSCI World e foca-se nas empresas do índice de referência que foram capazes de pagar o dividendo, ano após ano, num período de 10 anos. Segundo a profissional este fundo olha para “empresas que normalmente são empresas de qualidade, com presença global e com fontes de lucros diversificadas por sectores e geografias, com balanços sólidos e fortes, negócios pouco alavancados, empresas com poder de fixação de preços e capazes de gerar liquidez ao longo de todo o ciclo económico, que normalmente pagam um dividendo previsível, regular e crescente. Este produto faz parte dos fundos Consistentes Funds People.