Recentemente ficou a conhecer-se uma das estimativas mais importantes no que toca à gestão de ativos europeia, mas também nacional. Como acontece todos os anos, a EFAMA (Associação Europeia de Fundos de Investimento e Gestão de Ativos Europeia) divulgou o relatório com a estimativa da dimensão do mercado nacional de fundos de investimento de cada país, estando refletidos também os números de Portugal.
O mercado de fundos locais nacionais - que inclui fundos imobiliários - fechou o ano de 2022 nos 31 mil milhões de euros, segundo o que refere a Associação Europeia. O mercado de fundos estrangeiros, por sua vez, terminou o ano transato nos 37 mil milhões de euros, um valor ligeiramente abaixo do estimado pela FundsPeople recentemente, que dava conta de pouco mais de 40 mil milhões estimados no que toca a investimento em fundos estrangeiros em Portugal.
Outra das informações que a EFAMA permite perceber é, por setor, quem investe em fundos de investimento em Portugal, como podemos verificar na tabela abaixo:
Agregados familiares dominam
Como visível, do agregado do montante investido em fundos, 26,4 mil milhões de euros são detidos pelo que a Associação europeia apelida de households, ou seja, agregados familiares. Seguem-se as seguradoras e os fundos de pensões: do total de 67,7 mil milhões de euros investidos em fundos em Portugal, 10 mil milhões são investidos por seguradoras e 7,8 mil milhões por fundos de pensões. Os fundos de longo-prazo e as sociedades não financeiros arrecadam cada uma 6,3 milhões de euros.
Se nos centrarmos exclusivamente no investimento feito em fundos internacionais em Portugal, a recente análise interna FundsPeople dava conta da predominância da gestão de patrimónios nesse segmento. Contudo, de realçar que a gestão de patrimónios nacional é responsável por mandatos de seguradoras e fundos de pensões.
Os dados da Associação Europeia de Fundos de Investimento e Gestão de Ativos Europeia mostram ainda a evolução aquisição líquida de fundos, por setor, no ano de 2022. Segundo a EFAMA, os únicos setores que apresentaram valores positivos na aquisição líquida de fundos foram as sociedades não financeiras e as instituições financeiras monetárias.