Millennium bcp apresentou os seus resultados. Apesar da quebra nos AUM e fundos distribuídos, as comissões de gestão de ativos apresentam apenas uma quebra marginal.
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O primeiro semestre de 2022 foi muito positivo para o Millennium bcp. O grupo apresentou um resultado líquido de 74,5 milhões de euros, valor que compara com 12,3 milhões no período homólogo.
Este valor é parcialmente explicado pela subida abrupta do resultado líquido da atividade em Portugal. O resultado líquido da parte nacional do grupo "apresentou um crescimento muito expressivo face aos 45,1 milhões de euros alcançados no primeiro semestre de 2021, ascendendo a 174,5 milhões de euros na primeira metade do ano corrente", pode ler-se no comunicado refere aos Resultados Consolidados do Millennium bcp em 30 de junho de 2022.
Comissões líquidas
As comissões líquidas também apresentaram um crescimento face ao montante apurado no mesmo período do ano anterior, refletindo em larga medida a progressiva normalização da atividade económica.
As comissões relacionadas com mercados aumentaram cerca de 2%. A rubrica que representa as comissões cobradas no contexto da gestão e distribuição de ativos cifra-se nos 35,2 milhões de euros no primeiro semestre, um valor 2,2% inferior ao do período homólogo.
É possível ainda concluir no comunicado que as comissões relacionadas com mercados na atividade em Portugal registaram um aumento de 14,3%, totalizando 43,8 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2022. A instituição financeira explica: "Esta evolução reflete, por um lado, o desempenho favorável das comissões associadas a operações sobre títulos e, por outro, o crescimento das comissões associadas à gestão e distribuição de ativos, decorrentes quer da atividade de distribuição de fundos de investimento de terceiros, quer da gestão de carteiras".
Recursos totais de clientes
Os recursos totais de clientes subiram no mesmo período, mas muito marginalmente. No total o valor que agora se cifra aproximadamente nos 91 mil milhões de euros registou um aumento de 0,8%.
Quanto a recursos de clientes fora do balanço a queda foi transversal. São agora 16.524 milhões de euros, um valor que é 12,7% inferior ao registado em igual período de 2021. Esta queda poderá ser parcialmente explicada pelo semestre complicado que se viveu nos mercados financeiros.
Apesar do semestre complicado os ativos sob gestão do grupo apenas caíram 3,3%, valor que representa agora 5.173 milhões de euros. Uma queda maior pode ser vista nos ativos distribuídos, os 5 458 milhões de euros constituem agora 33% do total de recursos de clientes fora do balanço, após uma queda de 10,4%.Desta rubrica destaca-se ainda a queda de 21,3% registada nos seguros de poupança e de investimento. A maior queda no segmento fora de balanço.
Para finalizar, destaca-se a inclusão de 2 485 milhões de euros no período de 2021 (na tabela), resultante da alienação do Banque Privée BCP na Suíça, para tornar a informação entre os dois períodos comparável.