Julho foi um mês mais calmo na bolsa nacional. A volatilidade do PSI-20 rondou os 26%, atingindo assim um valor mais baixo do que nos dois meses anteriores.
Depois de dois meses em que o PSI-20 caiu (4,9% em junho e 4,2% em maio), o primeiro mês do segundo semestre trouxe o regresso do principal índice bolsista para terreno positivo. Em julho o índice subiu 2,9% tendo terminado acima dos 5.715 pontos. Já em todo o ano de 2015 o PSI-20 regista um aumento de 19,1%, o que equivale a uma subida de cerca de 1.000 pontos, segundo os dados publicados agora pela CMVM. Analisando os fundos de investimento que se "guiam" pelo PSI-20, ou seja, que investem no mercado nacional, verificamos que, segundo a APFIPP, a rendibilidade média nos sete primeiros meses do ano é de 19,16%, ficando por isso bastante próxima dos ganhos do próprio índice no período. Entre este universo de fundos, o mais rentável de 2015 até ao final de julho foi o Millennium Acções Portugal, da Millennium Gestão de Activos, com mais de 24% de rendibilidade.
Quanto à volatilidade do índice os dados do Regulador demonstram que esta desceu no mês passado, tendo-se situado nos 26,29%. Em termos acumulados, o ano de 2015 evidencia uma volatilidade de 22,4%. Este valor é superior ao registado no mesmo período do ano passado (20,83%).
Transações de UPs cresceram
Entre as transações realizadas nos mercados regulamentados, as Unidades de Participação (UPs) foram as que mais se destacaram em julho, face ao mês anterior. No primeiro mês do segundo semestre as transações de UPs atingiram os 12,8 milhões de euros, mais 458% do que no mês anterior.
De igual forma também a capitalização bolsista das UPs cresceu em julho. De acordo com a CMVM esse crescimento foi na ordem dos 3%, para mais de 270 milhões de euros.
Gestão de Ativos em queda
Já nos dados referentes à Gestão de Ativos a queda foi generalizada. Os dados deste segmento são referentes ao mês de junho, período onde se assistiu a uma queda de 4,2% nos OICVM e nos FIA (Fundos de Investimento Alternativo) para um valor líquido global de 11.607 milhões de euros. A queda pode ser justificada com a redução do número de fundos, já que em maio perfaziam 200, e no final de junho o número cai-a para 191 produtos. Esta redução de nove produtos ficou a dever-se a três liquidações e ainda algumas fusões, que pode relembrar e ler com mais pormenor (ler aqui).
No segmento imobiliário, a descida foi de 0,9% para os 11.762 milhões de euros com o número de fundos a manter-se em 248.