A tendência do mês de novembro manteve-se, com os investidores a voltarem a inclinar-se para os exchange traded funds de ações.
No Banco Best no mês de dezembro, os ETFs mais negociados voltaram a refletir a preferência pelo mercado acionista. No topo da lista aparece o ETF iShares MSCI Japan EUR Hedged, que segundo Carlos Almeida, Head of trading do Banco Best, “foi um dos ETFs mais procurados pelos investidores, tendo por base a receptividade dos investidores em alocarem parte do seu portfólio ao mercado de ações, em destaque em 2013”. Acrescido a este facto, o especialista aponta ainda que este ETF “procura imunizar as variações cambiais entre o EUR e a moeda nipónica, ficando os investidores apenas expostos às variações do mercado de ações japonês”. Destaque no último mês do ano foram também os ETFs associados à Península Ibéria, “com o Amundi ETF MSCI Spain UCITS ETF e o ESAF NYSE Euronext Iberian F ETF a surgir no TOP5”. Carlos Almeida explica que “enquanto o ETF da Amundi apresenta uma exposição a ações espanholas, o ETF da ESAF apresenta uma exposição até 20% a Portugal e os restantes 80% afetos às ações de maior capitalização bolsita do mercado espanhol”. Em termos sectoriais, a preferência dos investidores no último mês de dezembro recaiu no sector energético “através do ETF da SPDR - Energy Selector SPDR Fund, que investe em empresas do S&P 500 da indústria do petróleo e gás consumível bem como da indústria de equipamentos e serviços de energia”.
Também no Banco BiG, foram os ETFs associados ao segmento acionista que “dominaram a negociação destes produtos no decorrer do mês de Dezembro”. O tema Japão atraiu o interesse dos investidores, e os títulos “iShares MSCI Japan Index e Lyxor ETF Japan TOPIX a ganharem lugar no top de ETFs mais negociados após terem registado inflows interessantes”, revela Isabel Soares, gestora de produto da entidade. Também a preferência pelo velho continente teve reflexo na negociação de ETFs. “Da listagem de 10 ETFs mais negociados, 5 destes produtos têm enfoque na Europa (nos ETFs que permitem beneficiar de valorizações no mercado verificaram-se maiores volumes no lado da compra, enquanto que nas versões Short e que permitem tirar partido de cenários de desvalorização, os maiores volumes se verificaram no lado da venda)”, refere a especialista. A entidade destaca ainda a performance de dois ETFs sobre commodities (ouro), na lista de produtos mais negociados. “Ainda que estes dois produtos apresentem volumes significativos tanto do lado das compras como das vendas, em termos líquidos verificou-se um outflow”, explica Isabel Soares.
No ActivoBank, o último mês do ano de 2013 trouxe uma maior propensão ao risco nos ETFs, “contribuindo assim para um acréscimo dos volumes negociados, verificando-se alguma rotação de mercados emergentes para mercados de países desenvolvidos”, diz Guilherme Cardoso, da entidade. De salientar que o TOP no volume de ETFs negociados no ActivoBank continua a ter na liderança o Lyxor ETF Levdax.