2019 ficará para a história como um ano muito positivo para a indústria europeia da gestão de ativos. Segundo dados da Refinitiv, as entradas líquidas registadas pelo sector superaram no ano passado os 300.000 milhões de euros, um volume que cobre e excede os reembolsos líquidos de 128.000 milhões registados em 2018. Este facto, unido ao efeito de mercado, fez com que o património gerido pela indústria europeia tenha dado um salto muito importante em apenas 12 meses, ao passar dos 9,9 biliões para os 12,3, um recorde histórico.
39% (4,6 biliões) estão em fundos de ações, 27% (3,2 biliões) em estratégias de obrigações, 18% (2,1 biliões) em mistos, 1,4 biliões em produtos de mercado monetário e 600.000 milhões em alternativos.
Por entidades, a BlackRock posiciona-se atualmente como a gestora que acumula um património maior na Europa. É a líder indiscutível, com 968.000 milhões em ativos, duplicando em tamanho a sua perseguidora imediata, que no mercado europeu é a Amundi, com 410.000 milhões. A batalha pelo terceiro lugar está muito igualada entre a UBS AM (356.000), a J.P. Morgan AM (352.000) e a DWS (323.000).
A BlackRock também foi a empresa que recebeu mais entradas líquidas no ano passado na Europa. Captou quase 80.000 milhões, a maior parte em ETF (51.700 milhões aproximadamente). Atrás dela posicionaram-se a PIMCO, com quase 40.000 milhões em entradas líquidas em 2019, e a Vanguard com 29.000.
Top 5 de vendas por classe de ativo
Se realizarmos o escrutínio tendo em conta a classe de ativo, percebe-se em que segmentos concretos as distintas entidades estão a basear o seu crescimento.
Em ações, por exemplo, a UBS AM foi a entidade que mais entradas líquidas recebeu (10.800 milhões), seguida de perto pela Vanguard, com 10.700, pela BlackRock (10.500), pela Mercer (8.300) e pela Pictet AM (7.000).
Em obrigações, a grande triunfadora foi a BlackRock, com 44.000 milhões em entradas líquidas, após a qual se posicionou a PIMCO (39.800 milhões), a AllianceBernstein (17.600), a Vanguard (11.900) e a Credit Suisse (7.800).
No que concerne os fundos mistos, o top 5 de entidades que mais captações líquidas registaram em 2019 é encabeçado pela AXA IM, com 19.000 milhões, e é integrado pela Vanguard (6.300), Mercer (6.000), Flossbach von Storch (5.200) e Eurizon Capital (4.900).
Finalmente, o universo de alternativos, categoria na qual se destacou o Credit Suisse como líder em vendas líquidas na Europa no ano passado (4.600 milhões), seguida da DWS (3.600), Schroders (2.100), Legal & General e Société Générale, com 1.700 milhões, respetivamente.