Clientes de ETFs com os olhos postos na China

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Dainis Matisons, Flickr Creative Commons

No ActivoBank, em setembro, João Graça dá conta, em primeiro lugar, que “a alavancagem é a principal solução de investimento dos nossos clientes”. Explica que no mês em análise se manteve “o posicionamento assumido no mês anterior com muitos investidores a acreditarem em correções de mercado”. Em termos sectoriais explica que foi a área financeira que “garantiu a preferência dos investidores para uma eventual recuperação”, enquanto que numa perspetiva de correção “foram os setores energético e mineiro, os eleitos”. Em relação às geografias, “a China e os Mercados Emergentes em geral recolheram a predileção dos investidores para o investimento no cenário de correção”. Contudo, o profissional faz uma ressalva e indica que “alguns investidores de ETFs aproveitaram a forte correção dos últimos meses para assumir posições longas na China e S&P500 e beneficiar de um rebound que acabou por ocorrer no fim de setembro”. Num cenário de subida, por outro lado, “a Alemanha foi a principal escolha dos clientes”.

Do Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos, explica que “no mês de setembro a preferência foi para o investimento no mercado da China, através do ETF da sociedade gestora iShares BlackRock - iShares China Large-Cap ETF”. Explica que “este ETF investe nas 50 empresas chinesas de maior capitalização, essencialmente do setor financeiro, petrolífero e tecnológico”. Por outro lado, na entidade manteve-se uma procura pelo mercado português “através do ETF do Commerzbank - ComStage PSI 20® UCITS ETF, que investe no principal índice de Portugal”. Alargando a visão à Europa “a preferência dos investidores foi o ETF iShares STOXX Europe 600 UCITS ETF (DE) que investe nas 600 maiores empresas da Europa e na zona euro para o ETF e iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), que investe diretamente nas 50 maiores empresas da zona euro, com maior incidência em França, Alemanha e Espanha, no setor financeiro e industrial”. No que toca ao mercado norte-americano “a procura centrou-se no ETF - iShares Core S&P 500 UCITS ETF USD que permite obter uma exposição ás 500 maiores empresas americanas”.

No BiG, setembro foi um período de registo de “volumes bastante interessantes na negociação de ETFs”, começa por dizer Isabel Soares, gestora de produto da casa. Neste segmento de produto “muitos investidores continuam a privilegiar estes instrumentos para se posicionarem de forma estratégica, tirando partido de movimentos mais acentuados nos mercados”. Tal como já tem sido habitual “os elevados níveis de volatilidade beneficiaram a negociação de ETFs short (que permitem beneficiar de movimentos de correcção) ou alavancados”, muito embora “os maiores volumes continuaram a registar-se em versões Long e sem alavancagem”. Relativamente às classes de ativos, a lista de ETFs mais negociados “continua a ser dominada por produtos com exposição ao segmento acionista”, ao passo que em termos geográficos “os maiores volumes negociados registaram-se em ETFs sobre o índice EuroStoxx 50 (iShares Euro Stoxx 50, Lyxor ETF Euro Stoxx 50) e com exposição ao mercado Alemão (iShares Core DAX, iShares Currency Hedged MSCI Germany ETF ou Lyxor ETF Dax)”.