ETFs mais negociados em outubro tiveram “sotaque português”

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Stéfan, Flickr, Creative Commons

No passado mês de outubro, no Banco BiG, segundo Isabel Soares, “à semelhança daquilo a que já tínhamos assistido no período anterior, todos os produtos que constam da listagem de títulos mais negociados partilham a particularidade de permitirem aos investidores exposição ao segmento accionista e de se tratarem de versões Long (que permitem tirar partido de movimentos de valorização no activo subjacente)”. No entanto, o principal destaque do mês, refere que foi “a negociação de ETFs com exposição ao mercado accionista brasileiro (nomeadamente iShares MSCI Brazil Capped e Lyxor ETF Brazil Ibovespa). Com a temática das eleições a trazer alguma incerteza a este mercado, muitos investidores quiseram tirar partido dos maiores níveis de volatilidade. Estes produtos registaram volumes significativos tanto do lado das compras como das vendas, ainda que os outflows se tenham tido maior predominância no final do período”. Em termos de inflows “ETF Comstage PSI20 voltou a estar em destaque, registanto volumes significativos.” 

No Banco Best, Carlos Almeida explica que “a preferência dos investidores centrou-se no mercado português, através do ETF da sociedade gestora ComStage - ComStage PSI 20 UCITS ETF”. Ainda assim, também “o investimento no Brasil também assumiu destaque através de dois ETFs da BlackRock - iShares MSCI Brazil UCITS ETF Dist EUR e iShares MSCI Brazil Capped ETF, que investem nas ações brasileiras que representam este mercado”. A diversificação aconteceu por via do mercado obrigacionista, com “os investidores a  procuram o mercado obrigacionista, nomeadamente o investimento em obrigações do tesouro americano para prazos entre 7 a 10 anos através do ETF iShares $ Treasury Bond 7-10 yr UCITS ETF EUR.” Nas commodities “a preferência foi para o ouro, com destaque para o ETF iShares Gold Trust, que investe na performance diária do preço do ouro”.

Do ActivoBank, João Graça refere que verificaram “muitas alocações de curto prazo através de ETFs alavancados”, destacando a presença de “alguns sectores como o energético e o financeiro”. “De mencionar que verificámos pela primeira vez em vários meses um ETF não alavancado: ISHARES E CORP BD”, refere.