Ranking com as 10 entidades que mais entradas líquidas tiveram na Europa no ano passado; as 10 gestoras que cresceram mais rapidamente e as 10 empresas com mais reembolsos.
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Os anos de bonança na indústria de gestão de ativos, em que praticamente todas as entidades registavam captações líquidas positivas, parecem ter chegado ao fim. A Morningstar calcula que o sector registou, no ano passado na Europa, entradas líquidas de dinheiro na ordem dos 186.000 milhões de euros (os dados incluem o volume captado em ETF e excluem os mandatos institucionais). No entanto, estes números positivos escondem uma realidade mais complexa, que junta as dificuldades que o ano passado trouxe para muitas entidades e os desafios que cada uma tem de enfrentar no futuro. E, além dos valores globais, 2016 foi um ano em que houve vencedores e perdedores.
Segundo os dados da empresa de análise, das cerca de 1.400 entidades que comercializam produtos na Europa, praticamente metade registou captações líquidas positivas, enquanto que a outra metade sofreu reembolsos. Das que tiveram entradas líquidas de dinheiro, 70 tiveram captações líquidas superiores a 1.000 milhões. Oito delas registaram captações superiores a 10.000 milhões de euros.
Aviva e Amundi são as entidades que lideram o ranking, com captações líquidas de 19.700 e 18.900 milhões de euros, respetivamente, sempre segundo os dados da Morningstar. A primeira recebeu a maior parte das entradas líquidas no Aviva Investors Sterling Liquidity Fund (11.000 milhões de euros em captações líquidas), enquanto que na gestora francesa foi o fundo Amundi Cash Corporate que liderou na empresa, com captações líquidas na ordem dos 7.100 milhões de euros. Também a parte de gestão passiva se destacou na Amundi, com os produtos Amundi ETF MSCI Emerging Markets e o Amundi ETF Floating Rate USD Corporate UCITS ETF a serem os dois ETF com mais captações líquidas, num segmento que registou entradas líquidas de 4.000 milhões de euros).
Ranking | Gestora | Entradas líquidas (milhões de euros) |
1. | Aviva | 19.706 |
2. | Amundi | 18.931 |
3. | BlackRock | 17.362 |
4. | BNP Paribas IP | 14.009 |
5. | Eurizon Capital | 13.977 |
6. | Nordea | 12.939 |
7. | Union Investment | 12.325 |
8. | J.P.Morgan AM | 11.857 |
9. | Vanguard | 8.962 |
10. | PIMCO | 8.361 |
Também se pode ver que entidades registam um crescimento mais rápido em termos percentuais. Aqui a lista é diferente. A lista é liderada pela ETF Securities e pela Flossbach von Storch. No caso do provedor de ETF, a empresa registou um crescimento de 39% do seu património ao registar captações de 4.200 milhões de euros, nos quais se destacam os produtos sobre o ouro: o ETFS Physical Gold (1.767 milhões) e o ETFS Gold Bullion Securities (1.066 milhões). No caso da boutique com sede em Colónia, especializada em fundos multiativos, a estratégia que teve maior interesse foi a Multiple Opportunities, produto com um foco muito flexível. Gerido por Flossbach, co-fundador e diretor de investimento da empresa, um dos gestores com maior reputação na Alemanha.
Ranking | Gestora | Captações líquidas (milhões de euros) | Taxa de crescimento | Património (final de 2016) em milhões de euros |
1. | ETF Securities | 4.200 | 38,9% | 16.300 |
2. | Flossbach von Storch | 4.400 | 35,6% | 17.400 |
3. | Mercer Global Investments | 6.600 | 30,1% | 30.000 |
4. | UBI | 5.800 | 27,9% | 27.300 |
5. | State Street | 6.100 | 18,8% | 45.100 |
6. | La Caixa | 4.100 | 18,8% | 27.100 |
7. | Baring | 2.100 | 18,4% | 15.100 |
8. | Aviva | 9.300 | 17,9% | 62.900 |
9. | Muzinich | 2.100 | 15,8% | 16.200 |
10. | Vanguard | 13.000 | 14,9% | 108.000 |
No que diz respeito às entidades que tiveram mais resgates do que subscrições, 41 tiveram saídas líquidas superiores a 1.000 milhões de euros. Destas, destaque para a Franklin Templeton Investments (com saídas de 7.000 milhões no Templeton Global Bond e 6.400 milhões no Templeton Global Total Return), Aberdeen (os reembolsos centraram-se nas estratégias de ações que investem na região de Ásia-Pacífico) e ainda a M&G Investments, que foi penalizada em quase 4.000 milhões de euros em reembolsos no M&G Optimal Income e de 1.500 milhões no M&G Global Dividend, segundo os dados da Morninstar.
Ranking | Gestora |
Captações líquidas (milhões de euros) |
1. | Franklin Templeton | -22.616 |
2. | Aberdeen | -11.372 |
3. | M&G Investments | -9.286 |
4. | KBC | -7.204 |
5. | Standard Life | -6.242 |
6. | Schroders | -5.256 |
7. | GAM | -4.890 |
8. | Alken | -4.167 |
9. | BNY Mellon | -4.123 |
10. | Henderson | -4.066 |
Fonte dos dados: Morningstar Direct