James Collyer, especialista de produto da UBS Global AM, explica as caraterísticas dos produtos a que a gestora está a dar mais importância junto dos seus clientes.
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James Collyer, especialista de produto da UBS Global Asset Management, esteve em Espanha recentemente para promover cinco fundos de investimento da gestora. Ainda que cada uma das equipas de gestão dos fundos trabalhe de forma independente, a gestora sublinha que têm o apoio da empresa a nível global. Os produtos que a gestora recomenda oferecem um forte rendimento, caraterísticas diferenciadas e incluem estratégias regionais e globais, para além de um produto long/short. “Estamos a assistir a um interesse cada vez maior pelo mercado de ações. Nos últimos dois anos esta classe de ativos teve um bom comportamento, mas os investidores estavam mais reticentes na hora de investir. Agora com a recuperação a dar sinais, começam a olhar com outros olhos para as ações”, explica James Collyer.
Duas das outras propostas investem exclusivamente na Europa, e outras duas investem em parte no continente, dado os seus mandatos globais. “A Europa é um sítio bastante empolgante por esta altura, porque há empresas atrativamente valorizadas a longo prazo”, explica o especialista. James Collyer prevê que existam mais fluxos de entrada em fundos que investem na bolsa, por parte de investidores que estão a reajustar as suas carteiras: a rotação das obrigações para as ações está ainda a materializar-se completamente, mas claro que existe um maior interesse pelas ações”.
UBS (Lux) Equity Sicav- European Opportunity Unconstrained
Deste fundo recentemente registado em Portugal, James Collyer destaca o seu processo único e o seu elevado active share, alcançado pelo seu gestor, Max Anderl, graças a um estilo de gestão bottom up e agnóstico com os índices. O gestor trabalha para ter posições tanto longas como curtas, em títulos cuja quantidade varia em função das oportunidades bottom up reconhecidas pelo gestor, e que lhe permitem uma exposição a 100% do mercado. “Não se trata de medir os tempos de mercado, mas sim de procurar valores subvalorizados, que sejam atrativos”, explica o especialista do produto. A equipa de gestão tem acrescentado valor de maneira consistente, tanto no lado longo, como no lado curto da curva, proporcionando assim retornos atrativos em diversos contextos do mercado.
James Collyer explica que Max Anderl e a sua equipa seguem um processo inovador denominado de “três círculos”: procuram-se valores que sejam atrativos ao nível dos fundamentais, mas também na sua análise qualitativa e quantitativa. Recorre-se a dez fontes de informação comprovadas e independentes, tanto internas como externas, utilizando dados descorrelacionados e mutuamente exclusivos, para que se possa analisar a empresa em questão e determinar se é possível conseguir alfa com esse investimento”. Outra das virtudes destacada, é o facto do fundo apresentar um nível de volatilidade inferior ao do mercado. “Oferece um orçamento de risco eficiente devido a um enfoque com potencial tanto para as subidas como para as descidas e com um enfoque integral para a gestão de riscos”, conclui. O especialista de produto recorda que “existem provas que sugerem que as carteiras geridas com active share se comportam melhor no longo prazo”.
UBS (Lux) Equity Fund- Mid Caps Europe
“As empresas de média capitalização têm uma história bem conhecida. O interessante é a evolução do ciclo económico e a relação que mantém com ele”, afirma Collyger. Isto indica um motor adicional de rentabilidade no ciclo de fusões e aquisições: “agora está bastante baixo, mas esperamos que recupere”, diz. Além disso considera que atualmente as avaliações estão atrativas e as oportunidades bottom-up são de caráter amplo, por natureza”.
Neste caso a proposta é dupla, dado que a UBS Global AM dispõe de um fundo que investe em pequenas empresas cotadas, e noutras de média capitalização. Ambos têm um enfoque fundamental bottom up e agnóstico, onde os gestores se centram em cada uma das empresas, caso a caso.
A parte interessante destes veículos é que os gestores identificam uma série de temas, que na sua perspetiva, vão trazer muito crescimento ao mercado para complementar a sua seleção de valores, incluindo demografia, o capex da indústria energética, externalização e privatização. Uma equipa estável e com experiência utiliza a sua própria ferramenta de classificação para ajudar a identificar oportunidades atrativas.
UBS (Lux) Eq Fund- Financial Services
A terceira proposta do especialista da UBS Global AM é um fundo de ações com um enfoque sectorial, centrado em empresas de serviços financeiros. “A questão é saber o que é que está incluído no preço”, comenta James Collyer. A razão pela qual se recomenda este fundo a clientes é estratégica, já que permite entrar no sector financeiro nos primeiros estádios de recuperação. Além disso, acreditam que ao longo do tempo os lucros e os balanços estão a tornar-se mais fortes, prevendo-se um aumento de rentabilidade para os acionistas do sector. Depois de um período durante a crise que foi difícil para o sector, as avaliações são agora convincentes, se analisadas de forma seletiva.
“O gestor utiliza uma combinação de ideias top-down e bottom-up para construir uma carteira concentrada, com aproximadamente 30 ideias de alta convicção. As considerações top-down são importantes, dadas as diferenças económicas, e também ao nível regulatório, existentes nos mercados globais, destacando-se a importância da seletividade. A estratégia centra-se nas empresas com contas saneadas, que geram cash-flow, e que conjuntamente apresentem um negócio seguro, favorecendo assim os nomes que estão bem capitalizados e com potencial para oferecer rentabilidade aos acionistas. As posições preferidas incluem Reino Unido, Estados Unidos e Escandinávia.
James Collyer destaca que este fundo se situou no primeiro quartil da sua categoria tanto a um ano como a três anos, graças ao seu bom desempenho, obtido com um uso eficiente de risco.
UBS (Lux) Equity Sicav - Global High Dividend
“A procura de rendimentos não é um tema novo, mas permanece como um tema chave para os investidores”, comenta James Collyer sobre este fundo, que segue um enfoque com base em normas e na qualidade, investindo em empresas que entregam dividendos atrativos, mas sustentáveis. A carteira do fundo é composta por 100 ações equiponderadas para reduzir o risco específico. Deve existir pelo menos cerca de 3% investido em cada sector, o que permite uma maior diversificação e participação num mercado de subidas.
“As rendas têm sido um tema popular, e num contexto de taxas de juro baixas este continua a ser o caso”, adianta o especialista, que afirma que este tipo de empresas estão geralmente em boas condições e que têm capacidade para fazer crescer ainda mais os seus dividendos a longo prazo.
Para além disso, considera que o contexto de uma possível subida das taxas de juro não irá necessariamente impedir o investimento em rendas, nos mercados de ações: “mesmo que a Fed aumente as taxas antes do resto dos bancos, o mais provável é que isso seja feito de forma gradual”. O profissional acrescenta que este fundo tem recebido muitas entradas de dinheiro nos últimos anos e tem proporcionado bons resultados, com uma volatilidade 30% inferior à do mercado.
UBS Equity China Opportunity Fund
Este fundo com um foco na China tem uma nota discordante em relação aos outros fundos, mais concretamente no que diz respeito à sua temática. James Collyer explica que, neste caso, o investidor pode utilizar o fundo com uma maneira de se antecipar às melhorias que a economia chinesa pode vir ter, à medida que o governo chinês implementa o pacote de reformas estruturais aprovadas no ano passado. A carteira contém entre 40 e 60 nomes, e apresenta um bias para pequenas e médias empresas capitalizadas (o que dá um beta superior), todas selecionadas com alta convicção através de um enfoque fundamental bottom-up. No ano passado este fundo superou em 25% o seu índice, o MSCI China, e bateu os seus comparáveis em 21,3%.