Agosto não foi sinónimo de boas notícias nos mercados financeiros. Volatilidade ao rubro, ativos sob gestão dos fundos mobiliários em queda... mas, nem tudo é mau: transações de ETFs sobem e volume sob gestão nos fundos imobiliários também.
O segundo mês do segundo semestre trouxe novamente o PSI-20 para terreno negativo, depois de em julho ter crescido 2,9%. Nos últimos quatro meses o principal índice bolsista nacional registou quedas em três períodos: 4,2% em maio, 4,9% em junho e 8% no mês passado. Desta forma, o índice fechou agosto nos 5.261 pontos. Ainda assim, em 2015 o PSI-20 regista um crescimento de 9,6%.
O mês que é por excelência um período de férias para muitos e de pouca liquidez nos mercados financeiros foi também o mais volátil do ano (até à data). A volatilidade superou os 33%, segundo os últimos dados publicados pela CMVM.
ETFs em ritmo ascendente em 2015
Noutra perspectiva, observa-se que as transações de ETFs têm, em 2015, mostrado uma evolução positiva. Os dados do regulador mostram que o valor acumulado das transações destes instrumentos financeiros atingiu quase 100 milhões de euros, o que corresponde a mais de 172% do que nos primeiros oito meses do ano passado.
Já em termos de Unidades de Participação a tendência é inversa, com a queda a situar-se em 65%, face aos primeiros oito meses do ano de 2014.
Gestão de Ativos: segmentos com caminhos distintos
Com dados referentes a julho, a CMVM mostra que houve uma queda 1,5% nos OICVM e nos FIA para um valor líquido global de 11.430 milhões de euros. No mês de julho houve um aumento do número de fundos, passando de 191 para 193 produtos dada a criação de três produtos multi-ativos por parte da BPI Gestão de Activos: o BPI Moderado, o BPI Dinâmico e o BPI Agressivo (leia aqui a entrevista com o gestor destes fundos).
Houve, também, a liquidação de um fundo, no caso o Caixagest Mix Emergentes gerido pela Caixagest.
No segmento imobiliário verificou-se a subida dos ativos sob gestão para os 11.845 milhões de euros, apesar de uma diminuição no número de fundos que passaram de 248 para 247.