As plataformas nacionais continuam a testemunhar um crescimento no volume de ETFs negociados. A diversificação foi um conceito chave, e o segmento acionista o privilegiado.
Do ActivoBank, João Graça indica que no passado mês de julho se continuou a verificar a grande tendência dos outros meses, com a alavancagem a ser a “principal solução de investimento dos clientes”. No entanto, no mês de julho, do ActivoBank reiteram que se assistiu a posicionamentos distintos quanto ao sector e à área geográfica. “Em termos sectoriais, a área financeira garantiu a preferência dos investidores para uma eventual recuperação enquanto numa perspetiva de correção foi o setor energético, o escolhido”, indica. No que toca à geografia relatam que “a China recolheu a predileção dos investidores para o investimento no cenário de correção, assim como os Mercados Emergentes devido à importância desta economia neste conjunto de países”. Por outro lado, “os Estados Unidos através de dois dos seus principais índices, o S&P500 e o Nasdaq angariaram investidores interessados em investir numa perspetiva de crescimento”.
Carlos Almeida, diretor de investimentos do Banco Best, adianta que no mês de julho se verificou “uma maior diversificação na escolha dos ETF para investimento”. Descreve que a preferência foi para “o ETF da sociedade gestora BlackRock iShares com o ETF iShares EUROSTOXX Banks 30-15 UCITS ETF que investe nas principais empresas do setor da banca da zona euro”. Igualmente na Zona Euro a escolha foi para “o ETF iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF, que investe nas 50 maiores empresas com distribuição trimestral de rendimento”. No mercado americano, por seu lado, “o destaque foi para o ETF PowerShares QQQ da sociedade gestora Invesco PowerShares Capital Management LLC, que investe nas 100 empresas do mercado NASDAQ”. Por fim, no sector da dívida, “a selecção foi para obrigações investment grade, através do ETF Amundi ETF Govt Bond Lowest Rated EuroMTS Investment Grade UCITS ETF, que investe em obrigações governamentais da zona euro com melhor qualidade creditícia”.
Do BiG – Banco de Investimento Global, Isabel Soares reporta que no decorrer do mês de julho se voltaram a “registar volumes interessantes no que diz respeito à negociação de ETFs”. A lista de produtos mais negociados (em volume) é ) é “claramente dominada por ETFs que permitem exposição ao segmento accionista (dos 10 produtos, 9 têm como subjacente índices accionistas e apenas um tem enfoque no segmento obrigacionista)”. Em termos geográficos, tal como no mês anterior, “é evidente uma maior procura por subjacentes Europeus”. Especificamente “os produtos iShares Euro Stoxx 50, iShares Core DAX UCITS ETF registaram inflows interessantes”. Em simultâneo “os ETFs com exposição aos países periféricos também registaram volumes consideráveis”. Destacam-se a este nível o “Lyxor ETF IBEX 35 (com entradas significativas) e os Comstage PSI 20 (versão não alavancada e versão com alavancagem) e o Lyxor ETF FTSE MIB (no caso destes últimos, com maiores volumes no lado das vendas)”. Isabel Soares finaliza lembrando que “o contexto de volatilidade favoreceu também a negociação de alguns produtos short (que permitem tirar benefício de cenários de queda)”.