Nas plataformas portuguesas, os ETF mais negociados no sexto mês do ano mostram que os investidores continuam interessados no velho continente e nos emergentes.
No mês de junho, no Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade, começa por explicar que “as acções europeias assumem destaque, com a preferência dos investidores a concentrar o investimento nas empresas de média dimensão e nas 50 maiores empresas da zona euro, através dos ETF's iShares STOXX Europe Mid 200 UCITs e do iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF EUR”. Também o mercado acionista português ganhou relevo “através do ETF da sociedade gestora da Comstage - Comstage PSI 20 UCITs, que foi também dos ETFs mais negociados neste mês. Em termos sectoriais, a procura foi para o sector energético, nomeadamente para empresas associadas à exploração e produção de petróleo e gás dos EUA, Canadá e Austrália”.
Do banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto, refere que “em termos de negociação de ETFs, a tendência pela procura de activos que permitam a exposição a Europa ou Mercados Emergentes consolidou-se. No caso dos produtos com exposição a Commodities, registaram-se fluxos também significativos com uma ligeira predominância do lado das vendas”. A especialista destaca ainda “a presença na lista de ETFs mais negociados de dois produtos que asseguram exposição ao segmento de dívida europeia (iShares Euro Government Bond 3-5 Yr e iShares Euro Corporate Bond Large Cap, que permitem beneficiar de valorizações nos compartimentos de dívida governamental e corporativa, respectivamente)”.
No ActivoBank, por seu lado, João Graça indica que nos ETFs mais negociados se continuou a assistir “aos mesmos veículos que são utilizados pelos Clientes, sobretudo como alocações táticas de curto-prazo, consoante a maior ou menor volatilidade dos seus subjacentes”.